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Cidades/Geral
Sábado - 27 de Fevereiro de 2010 às 04:26
Por: Alecy Alves

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Volume de apreensões nos últimos 4 anos chega a 66 toneladas no período
Volume de apreensões nos últimos 4 anos chega a 66 toneladas no período

A piracema termina neste domingo em Mato Grosso sem nenhuma expectativa de prorrogação. Com isso, a pesca volta a ser permitida quatro meses depois em todos os rios federais, estaduais e municipais do Estado.

Até o início desta semana, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e a Polícia Militar aprenderam 7,7 toneladas de pescados e aplicaram R$ 1,1 milhão em multas. As ações de repressão à pesca predatória contabilizam ainda a apreensão de 591 redes, mais de 300 anzóis de galho, centenas de molinetes e outros apetrechos de uso proibido.

Nos últimos quatro anos, de 2005 a dezembro de 2009, a Sema registrou a apreensão de 66 toneladas de peixes das diversas espécies (pacu, piau, dourado, pintado...) capturados nos rios e lagos mato-grossenses com uso de apetrechos proibidos ou em período de defeso. Além disso, aplicou R$ 6,2 milhões em multas, recolheu 10 mil anzóis de galhos e pouco mais de 2 mil redes usadas ilegalmente para pescar.

Em março deste ano, a Sema conclui o primeiro monitoramento continuado da vida e reprodução dos peixes das bacias de Mato Grosso. Ao contrário dos anos anteriores, quando se fazia apenas o acompanhamento da desova na época da piracema, agora o governo do Estado poderá dispor de dados significativos, entre os quais as espécies que desovam primeiro e os alimentos mais habituais e abundantes disponíveis para os peixes.

A coordenadora de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema, Neusa Arenhart, explicou que as pesquisas estão acontecendo em duas bacias: Amazônica e do rio Paraguai. Na primeira, as coletas de espécies para as análises são feitas no rio Teles Pires, no município de Sinop (500 quilômetros de Cuiabá).

Na bacia do Paraguai, conforme Neusa, acompanham os peixes do rio Paraguai em pontos abaixo do município de Cáceres. Nessa região, disse a coordenadora, observam espécies similares as que existem no rio Cuiabá, como pacu, dourado e cachara.

Neusa Arenhart disse que não há avaliação preliminar dos dados levantados na pesquisa, mas ela adiantou que estão comprovados, por exemplo, que os peixes sem couro são os que desovam primeiro. O pacu, por exemplo, no mês de novembro apresenta ova maturada, pronta para concluir o ciclo reprodutivo, o que acontece logo no começo de dezembro.

Já os peixes de couro, entre os quais a cachara, são os últimos a desovarem, entre janeiro e fevereiro. Esses dados, completou a pesquisadora, mostram que a reprodução dos peixes não varia muito do período estabelecido para a piracema.

Neusa destacou que a pesquisa vem sendo feita pela Sema em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual (Unemat) e de outras instituições acadêmicas, além da participação de mestrando e doutorandos.






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