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Polícia Brasil
Sexta - 05 de Fevereiro de 2010 às 18:50
Por: Juliana Michaela/de Cuiabá

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A organização criminosa desarticulada nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF) em nove Estados fraudou pelo menos R$ 10 milhões em um período de dez meses, em saques do seguro-desemprego e no Programa de Integração Social (PIS). A polícia estima que os prejuízos foram da ordem de mais de R$ 1,5 milhão ao mês durante as investigações e que os integrantes já tinham pelo menos cinco anos de atuação no crime.

Hoje a PF anunciou a prisão de 40 pessoas, sendo que 10 já estavam recolhidas em presídios. Outras dez estão foragidas.

Entre os presos estão três servidores temporários do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em Mato Grosso, um servidor concursado da Caixa Econômica Federal em Porto Velho (RO) e um servidor terceirizado da Caixa Econômica Federal de Pernambuco. A Operação Bismarck aconteceu nos Estados de Mato Grosso, Rondônia, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará e Paraíba.

Segundo o delegado da PF em Mato Grosso, Bernardo Bond, a grande maioria das pessoas detidas se conheciam e a ação criminosa era dividida em sete grupos. Em dez meses de investigações, 37 pessoas foram presas, sendo 14 em flagrante.

"A fonte de renda de 90% dos envolvidos era o saque do seguro-desemprego e do PIS. Eles pagavam para ter as informações dos beneficiários que eram fraudados e falsificavam documentos. O grupo tinha o perfil de serem pessoas jovens, usufruíam de todo dinheiro sacado. O que recebiam, gastavam. Eles viajavam pelo País inteiro", disse Bond.

O crime
As investigações começaram no próprio ministério em 2008, quando surgiram várias denúncias da fraude que, segundo as investigações, contava com apoio de empregados temporários da Caixa e do MTE. O crime aplicado consistia em obter informações sobre parcelas do seguro-desemprego a serem recebidas através da Caixa e do MTE. Os criminosos falsificavam documentos das pessoas que tinham direito ao benefício e o sacavam. Quando o verdadeiro titular ia realizar o saque, descobria a fraude e o Ministério do Trabalho era obrigado a pagar novamente o benefício.

De acordo com o delegado, cada integrante do grupo sacava entre R$ 15 mil a R$ 20 mil, o que daria um prejuízo na ordem de R$ 1,5 milhões ao mês aos cofres públicos. Bernardo Bond relembra que numa das investigações ao grupo criminoso, eles haviam sacado o dinheiro de um beneficiário e se hospedado num hotel cinco estrelas em São Paulo.

Segundo o Superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Oslaim Campos Santana, o servidor da Caixa Econômica detido em Pernambuco realizou movimentações financeiras na conta da irmã de R$ 150 mil a R$ 300 mil. Os detidos irão responder por corrupção passiva e ativa; falsificação de documentos públicos e particulares, uso de documento falso, formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro.





Fonte: Terra

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