Buracos voltam a criar transtornos em Tangará da Serra

Todo ano é o mesmo drama. Buracos e lamaçais causam transtornos aos moradores dos bairros de Tangará da Serra. A população reclama e a administração municipal responde com promessas de resolver os problemas após o período chuvoso. Então, passam as chuvas e chega a estiagem. E a seca traz consigo um novo problema: a poeira.

Os problemas se sucedem. Enquanto nas ruas sem pavimentação as voçorocas e os pontos de lamaçais prejudicam o trânsito de pedestres, veículos e bicicletas, nas ruas pavimentadas os buracos vão surgindo. A prefeitura tem realizado reparos, mas não passam de trabalhos paliativos como os tradicionais tapa-buracos e os patrolamentos.

VOÇOROCAS - Na Avenida das Amoreiras, que passa ao lado do cemitério Jardim da Paz, entre a Avenida da Paz e o Jardim dos Ipês, as voçorocas provocadas pela força das águas nos dois lados da via, de tão profundas, podem até mesmo servir de esconderijo e/ou trincheira para criminosos. Menos mal que durante o dia as voçorocas podem ser visualizadas de longe em função do seu tamanho e por isso não representam tanto perigo. À noite, porém, as valas representam sérios riscos à integridade física de quem por ali transita - principalmente ciclistas - já que a iluminação é precária.

PROMESSA - No Jardim Califórnia, qualquer abordagem sobre os seus problemas infra-estruturais já virou ladainha tantas foram as vezes em que o assunto foi trazido à baila. Enxurradas e voçorocas nas chuvas, poeira na estiagem. Mas, pelo menos este ano, a esperança bateu à porta dos moradores daquele bairro. O Executivo prometeu - às custas de recursos federais - instalar galerias de águas pluviais e construir asfalto logo após o período chuvoso. Aos calejados moradores resta aguardar o cumprimento da (mais uma) promessa.

INTRANSITÁVEL - O Jardim Acácia, proximidades do Bosque Municipal, é outro drama. Todos os anos as ruas Eunice, 08-A (paralela ao Bosque), 10-A, 13 e 15 ficam intransitáveis. Passar por elas, só a cavalo ou de trator. Até mesmo a pé é difícil passar pelas ruas do bairro. Os moradores, embora céticos, ainda têm um fio de esperança, já que ano passado a administração do município anunciou a realização de um estudo da hidrologia da área para a elaboração de um projeto de revitalização que incluirá, principalmente, tratamento dos mananciais. O passo seguinte seria a definição do tipo de pavimentação para o bairro, já que a área, embora habitada, é considerada de preservação permanente por contar com um amplo e raso lençol freático. Entretanto, até hoje o município não confirmou a realização do estudo e muito menos das obras.

TRABALHOS – Segundo o secretário municipal de Infra-estrutura, Almir Batista, haverá um cronograma de trabalho a ser cumprido nos próximos dias. Os trabalhos terão início assim que o novo maquinário do município – incluindo as máquinas e caminhões doados pelo governo do estado – estiver à disposição. Conforme Batista, serão organizadas duas frentes de trabalho - uma no perímetro urbano e outra no interior. Na cidade, segundo o secretário, serão realizados trabalhos de recuperação de ruas não-pavimentadas, enquanto no interior serão priorizadas as estradas rurais. O município também realizará trabalhos de recuperação de estradas estaduais, em parceria com o governo do Estado.