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Agronegócios
Terça - 19 de Janeiro de 2010 às 06:55
Por: Marianna Peres

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A intensificação das chuvas nesta quinzena do mês está desacelerando o ritmo da colheita da soja em Mato Grosso. Na região médio-norte, por exemplo, responsável 40,4% da produção do grão, as precipitações chegam a atrasar os trabalhos, mas segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), “ainda não há reportes de perdas”.

Mas o Imea destaca ainda, que a abundância das águas tem um lado positivo, já que contribui para o enchimento de grão das lavouras de ciclo mais tardio, “entretanto a preocupação é com o controle de doenças de final de ciclo, especialmente, a ferrugem asiática”.

Como apontam os técnicos do Imea, as chuvas intensas trazem tensão aos sojicultores de Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá) e de Diamantino (208 quilômetros ao norte de Cuiabá) que têm soja em ciclo completo, pronta para extração do solo, mas estão impedidos de colher por força do tempo.

Pelas estimativas do Instituto, Mato Grosso somará 6,07 milhões de hectares cultivados com soja, expansão de área de 6,5% sobre a temporada passada e a produção deve atingir mais de 18,22 milhões de toneladas. Se confirmadas as projeções, o Estado, maior produtor nacional do grão, terá uma safra recorde.

AVANÇO - A AgRural, por meio de seu levantamento, aponta que em função do excesso de chuva nas últimas semanas, a colheita foi prejudicada em boa parte de Mato Grosso. “No total do Estado, apenas 3% da área plantada neste ano havia sido colhida até a última sexta-feira (15). Por enquanto, a produtividade tem ficado entre 50 e 55 sacas por hectare.

O norte e o oeste do Estado são as áreas mais adiantadas, com 4% da colheita já realizada. Nas regiões de Sapezal e Ipiranga do Norte, em particular, o índice de colheita alcança 8%, mas poderia ser mais, “não fosse a ocorrência constante das chuvas”.

Por conta do excesso de umidade, os trabalhos em Nova Mutum praticamente não avançaram na semana passada. No leste de Mato Grosso, os produtores ainda não iniciaram o trabalho nas lavouras. Nas regiões de Querência e Água Boa, se São Pedro der uma trégua, a colheita começará no início da próxima semana.






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