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Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 18:20
Por: Antonielle Costa

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O assalto ao Banco do Brasil da cidade de Canarana (823 km a Nordeste de Cuiabá, no Vale do Araguaia), no último dia 5, tem sido marcado por conflito de informações entre as Polícias Militar e Civil. Na manhã de ontem (6), policiais militares que faziam buscas na região do Rio Culuene prenderam um homem suspeito de ter envolvimento no crime.

Jelson Bazzo Junior, 28, estava em uma camionete L200 e, no momento em que foi abordado, teria revelado comportamento suspeito e, por isso, foi detido. Segundo a PM, Jelson teria confessado participação no crime, tendo sido sipostamente contratado para dar suporte na fuga. Ele iria receber em torno de R$ 15 mil pelo serviço.

No entanto, em depoimento à Polícia Civil de Canarana, o suspeito negou qualquer envolvimento no crime e disse que foi pressionado pelos policiais militares a confessar a participação no assalto. Ele contou ao delegado titular da unidade, Marcelo Jardim, que saíra de Nobres (130 km ao Norte da Capital) com destino a Goiânia (GO).

Quando questionado sobre o porquê da rota sem pavimentação asfáltica, ele disse que estava com documentação do carro irregular e precisava fugir das barreiras policiais.

Em função das divergências dos fatos, o delegado havia solicitado a prisão temporária de Jelson, mas ainda não foi decretada pela Justiça. No entanto, a possibilidade de o suspeito ser liberado não está descartada, uma vez que não existem indícios da participação no crime. 

Entenda o caso

No último dia 5, nove bandidos armados com fuzis, metralhadoras e pistolas, chegaram à agência do BB, atiraram nas vidraças e renderam cerca de 30 reféns, entre clientes e funcionários, que foram utilizados como escudo humano.

Logo depois, pediram a chave do cofre e, a todo o momento, faziam disparos para o alto, visando amedrontar a população. O bando chegou ao BB em um Corolla prata e fugiram levando dois sacos de dinheiro. O montante ainda não foi contabilizado.

Na fuga, eles levaram setes reféns, que foram liberados nas proximidades do Rio 7 de Setembro. Ainda no local, colocaram fogo no Corolla, visando dificultar a ação da Polícia. Em seguida, seguiram com destino ao rio Vanick, também na região, onde incendiaram outro veículo, desta vez um caminhão.

Uma caminhonete Hilux utilizada pelos assaltantes na fuga foi localizada, em um acampamento montado pela quadrilha, em uma mata nas proximidades de Canarana. Ainda no local, os policiais encontraram bombas para barcos infláveis, que, de acordo com o coronel, foram utilizados para dar continuidade à fuga.

Buscas

As buscas pela quadrilha foram retomadas na quarta-feira (6), na região de mata fechada no Xingu. Os bandidos abandonaram os veículos que utilizaram e empreenderam em fuga em embarcações. Dessa forma, acredita-se que eles estão nas margens do rio Xingu, região de mata fechada.

 






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