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Segunda - 20 de Maio de 2013 às 23:11
Por: DÉBORA SIQUEIRA

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Inspirado no modelo das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas cariocas, o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, em Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), major Sandro Barbosa, resolveu criar um modelo em menor proporção do que ocorre no Rio de Janeiro.

 
 
Ele e sua equipe passaram a combater a criminalidade na terceira maior cidade de Mato Grosso ocupando os bairros com os maiores índices de ocorrências policiais. 

 
 
Na semana passada, por exemplo, a PM ocupou uma das áreas consideradas mais problemáticas da cidade, o Residencial Alfredo de Castro.


 
O local é composto por centenas de famílias que moram em barracos construídos em terreno cedido pela Prefeitura Municipal, com a promessa de construção de casas populares. 

 
 
Afastado da cidade, próximo ao Parque de Exposição, o local acabou servindo de esconderijo de bandidos em meio a trabalhadores. 

 
 
No local houve até um episódio cômico. Um ladrão que acabara de realizar um assalto estava fugindo em uma moto rumo ao bairro. Quando chegou, se surpreendeu ao ver 45 policiais da força tática no local. 

 
 
“Caiu nos braços da guarnição. Foram apreendidos o dinheiro do assalto e a motocicleta. Encontramos ainda no bairro um foragido da Justiça, drogas e quatro armas de fogo em um barraco”, disse o comandante do 5º Batalhão. 

 
 
Esta foi a quarta ocupação realizada pela Polícia Militar em Rondonópolis. Conforme o major Sandro Barbosa, o trabalho já foi realizado nos bairros Vila Canaã, Vila Olinda e Vila Operária. 

 
 
Redução da violência

 
 
Além de permanecer por semanas em um mesmo bairro, a Polícia ainda realiza palestras na escola e as pessoas podem fazer documentos. "Demora para eles (bandidos) se rearranjarem de novo. Vamos continuar com essas ações para o combate ao crime"

 
 
Mas, além do resultado social de buscar estar mais próxima do cidadão, a medida da PM ajudou a reduzir os índices de violência. 

 
 
Durante o tempo em que os militares estiveram nos primeiros três bairros, não houve nenhum registro de homicídio ou tentativa de homicídio nos locais. Houve apenas um caso de roubo. 

 
 
Sete veículos foram recuperados e devolvidos aos proprietários, seis armas de fogo e seis munições foram apreendidas, um mandado de prisão cumprido e 589 registros de apreensões de drogas foram elaborados. 

 
 
Questionado se a criminalidade não poderia migrar com o sufocamento de uma região com a presença dos militares, o major Sandro Barbosa argumentou que há o risco, contudo, as quadrilhas se desarticulam.

 
 
“Demora para eles se rearranjarem de novo. Vamos continuar com essas ações para o combate ao crime”, disse o oficial.

 
 
"Carga Máxima"

 
 
Em Cuiabá, no fim de semana, com uma equipe de 250 policiais, 53 viaturas e 49 barreiras móveis, a Polícia Militar “fechou” a Capital, na deflagração da Operação Carga Máxima. 

 
 
Nas últimas horas, além de localizar um desmanche de motos furtadas, os policiais conseguiram diminuir em 75% o registro de homicídios na Capital. 

 
 
A operação ocorreu durante a noite de sexta-feira (17) e madrugada de sábado (18). Na semana passada, nesse mesmo período, foram registrados quatro assassinatos.

 
 
Entre as prisões estão a de quatro pessoas envolvidas com o furto de motos, que eram trocadas por entorpecente. As motos eram desmanchadas e vendidas em pedaços.

 
 
No balanço do fim de semana, os policiais apreenderam 14 quilos de entorpecentes e desarticularam um esquema de tráfico entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

 
 
“Um dos focos foi a apreensão de armas. Sem armas, os bandidos deixam de praticar vários crimes. Mesmo com pouca apreensão, evitamos uma série de crimes e, além disso, localizamos foragidos da Justiça”, disse o comandante do Comando Regional I, coronel Jadir Metelo Costa. 

 
 
Foram três armas apreendidas, sendo uma delas num bar do Residencial Santa Inez. No local, um comerciante escondia um revólver atrás do balcão.

 
 
Durante a Operação Carga Máxima, foram registrados mais de 70 boletins de ocorrência, sendo seis prisões flagrantes, num total de 36 presos. 

 
 
Os policiais abordaram mais de 1.100 pessoas, principalmente nas barreiras móveis espalhadas pela cidade.
 
 
Em Várzea Grande, a PM também "fechou a cidade", de sábado para domingo (19).





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