Taques e Mendes se reúnem com direção do PR; Fagundes alerta que prioridade é vaga ao Senado

A primeira reunião formal das executivas do PR com PSB e PDT para discutir a possível participação na chapa do senador Pedro Taques ao governo de Mato Grosso demonstrou um raro entrosamento. Pelo menos no que tange ao discurso, em que todos disseram a mesma coisa: “o momento é de conversar”. Wellington Fagundes reiterou que o PR, por sua envergadura, tem prioridade de fazer parte na chapa majoritária, preferencialmente indicando o candidato ao Senado.

No encontro, realizado no início da noite desta terça-feira (07), a pauta de discussão sobre o ingresso do Partido da República na coligação encabeçada por Taques, que era tratado como tabu e mera especulação de bastidores, deu um passo importante para se tornar realidade. “dstamos numa fase de conversa. De diálogo institucional. E com o PR não é diferente”, disse Fagundes, para a reportagem do Olhar Direto, antes do início da reunião com Pedro Taques e o presidente do PSB, prefeito Mauro Mendes, de Cuiabá.

“É importante que haja o diálogo franco e aberto. É como namoro. A gente vai conversando, se conhecendo e buscando ampliar as afinidades”, observou Mendes, que, com o presidente do PPS, prefeito Percival Muniz, de Rondonópolis, é o responsável pela coordenação das conversas partidárias. Mendes e Percival receberam a incumbência por não serem candidatos a nenhum cargo, em 2014. 

Pré-candidato ao Senado, Wellington Fagundes nega que seja uma ‘traição’ ao governador Silval Barbosa (PMDB) a ida do PR para o palanque de Taques. “A coligação firmada com o PMDB e o PT, em 2010, era para reeleição de Silval Barbosa, com validade até 2014. Ninguém firmou compromisso [naquela época] de apoiar o sucessor do Silval”, observou ele.


A aproximação do PR com PDT e PSB estaria afastando o DEM do senador Jayme Campos do grupo liderado por Taques. Mas Fagundes não demonstra qualquer preocupação com isso. “Minha preocupação é com o Partido da República. Essa questão [Jayme Campos] não é meu problema”, resumiu Wellington.

O secretário geral do PR, deputado Emanuel Pinheiro, acredita que não existe qualquer dificuldade para o ex-governador e senador Blairo Maggi estar no mesmo Pedro Taques, já que apoiou o governador Silval Barbosa (PMDB), em 2010. “Isso foi superado há tempos. Em 2012, Maggi e Taques dividiram palanque em diversas grandes cidades, inclusive Cuiabá e Sorriso, por exemplo”, pontuou Pinheiro.