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Politica MT
Domingo - 08 de Dezembro de 2013 às 17:55
Por: Otmar de Oliveira

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A semana foi agitada no cenário político mato-grossense com todos os holofotes voltados para a Câmara Municipal de Cuiabá repercutindo a renúncia do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) do cargo de presidente do Legislativo e a volta de Júlio Pinheiro (PTB) ao comando da Casa, eleito com os votos de 15 dos 25 vereadores. E para quem acha que o assunto está encerrado, vale esclarecer que novos desdobramentos do caso podem surgir nos próximos dias, pois ainda existe a possibilidade de o social democrata ter o pedido de cassação de seu mandato colocado para ser votado em plenário.




Quanto à possibilidade de cassação do mandato de João Emanuel, ela existe em virtude de um pedido protocolado pela Ong Moral na Câmara que pede que ele seja investigado por quebra de decoro e tenha o mandato cassado. O PSB também foi acionado para pedir a cassação do social-democrata. A iniciativa partiu do vereador socialista Faissal Calil que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e integra a base de apoio ao prefeito Mauro Mendes (PSB) enquanto João Emanuel é oposição e desde o início do ano travou vários embates com o Executivo.


 
O Partido Verde (PV) provocado por seu representante, Mário Nadaf, também avalia pedir a cassação do mandato do ex-presidente. Nadaf, Faissal, Onofre Júnior e mais alguns vereadores sustentam que a quebra de decoro ocorreu porque João Emanuel acusou todos os demais parlamentares de receberem propina.


 
Emanuel foi obrigado a “pedir pra sair” depois que virou alvo da Operação Aprendiz deflagrada pelo Gaeco, cuja gota d’água foi um vídeo gravado pela empresária Ruth Hércia da Silva Dutra, dona da gráfica Neox Visual, onde ele aparece ensinando como fraudar licitação para desviar dinheiro público da Câmara. Ele nega todas as acusações, e ao conceder coletiva após o escândalo, disse que foi uma armação tramada por pessoas ligadas ao prefeito Mauro Mendes e sustenta que houve “trucagem e hiperlinks” no vídeo. Contudo, se esquivou de explicar porque se reuniu com a empresária e o que seria de fato o assunto que tinha para discutir com ela.


 
Mesmo com sua renúncia, parte dos vereadores não está satisfeita porque João Emanuel aparece no vídeo chamando todos os colegas parlamentares de “artistas”, insinuando que precisava dividir com todos o dinheiro desviado. Dizia também que precisava garantir a parte do Executivo. Contudo, os promotores de Justiça que atuam no caso, não viram indícios de participação dos outros 24 vereadores no esquema e disse que Executivo é muito amplo por isso notificou o procurador-geral do município Rogério Gallo para investigar a possibilidade de envolvimento de algum servidor da prefeitura.


 
Tudo começou depois que o deflagrou publicamente a Operação Aprendiz para investigar João Emanuel e outras pessoas, sob acusação de envolvimento num esquema de grilagem de terrenos. O vereador é acusado de falsificar documentos públicos de imóveis para utilizá-los como garantia para agiotas, a fim de captar recursos para campanha eleitoral de 2014, na qual concorreria ao cargo de deputado estadual.


 
No Ministério Público, as investigações continuam e envolvem outras pessoas e fatos novos que estão surgindo à medida que acontecem os depoimentos de pessoas citadas no esquema.





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