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Policia MT
Quinta - 07 de Março de 2013 às 17:54
Por: Laura Petraglia/Priscilla Silv

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Jardel P. Arruda

“Eles pareciam uns touros bufando prontos pra matar, claramente sob efeito de entorpecente”. Essa foi uma das declarações feita pelo estudante, Walter Aguiar Junior, durante depoimento no plenário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB- MT), na tarde desta quinta-feira (08). Além do estudante os advogados da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Ioni Ferreira Castro e membro da OAB, Marco Antônio, detidos na noite de ontem, também prestaram depoimentos. 

Tanto os advogados quanto os alunos confirmam o abuso e tortura por parte da Polícia Militar durante a manifestação dos estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que protestavam contra o despejo de 50 alunos das Casas do Estudante Universitário (CEU). 

Walter Aguiar Junior é estudante no curso de engenharia elétrica na UFMT, ele foi um dos que estiveram à frente da manifestação na tarde de ontem (06) e depois de dominado foi detido pelo Batalhão da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam). 

Durante seu depoimento, o estudante foi incisivo em relatar a humilhação sofrida pelos estudantes durante a atuação da polícia militar. Foram sofridas agressões físicas, psicológicas e humilhações que foram confirmadas pelo estudante e advogados detidos. 

Em uma de suas falas, Walter descreveu que, “de repente a viatura da Rotam chegou com os policias descendo bala nos estudante. Os policias estavam todos agitados e parecia mesmo estar sob efeito de drogas, com atitudes animalescas”, afirmou o estudante. 

Segundo ele, os policias atiraram indiscriminadamente contra os estudantes. “Alguns estudante tinham marcas de tiros na cabeça e pescoço, eles atiram por prazer na cara no ombro e depois nos submeteram a uma tortura psicológica dentro da viatura, eles diziam ‘bando de maconheiro vocês não tem o que fazer? Vocês têm e que morrer mesmo’”, relatou.

O estudante também denunciou que no momento em que estavam dentro do carro de polícia, os PMs lembraram do cato Toni Bernardo, morto em 2011 depois de ser espancado por policias militares. De acordo com ele, os policias não hesitarão em dizer que, “vocês se lembram do caso Toni? Aquele estudante da UFMT vocês querem ter um fim igual ao dele?” diziam os policias da Rotam. “Eles pareciam um touro bufando pronto pra matar, claramente sub efeito de entorpecente”, finalizou Walter.

A tortura e humilhação por sofrida por parte dos estudantes foram confirmadas pelos advogados que afirmaram ter presenciado o fato e que também foi vítima de humilhação.






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