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Cidades/Geral
Quarta - 13 de Fevereiro de 2013 às 12:47
Por: Nelson Severino

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O transbordamento dos rios de Mato Grosso, em consequência das chuvas que têm caído em grande intensidade nas últimas semanas em todo o Estado, está protegendo a natureza, impedindo que pescadores profissionais, justamente os que recebem um salário mínimo do Governo Federal para não exercerem a atividade durante a piracema desrespeitem a lei e continuem pescando no período de reprodução das espécies, de 1 de novembro ao último dia de fevereiro.
 
 
 
–  Ninguém é louco de enfrentar os rios cheios do jeito que estão para realizar pesca embarcada, porque o risco é muito grande. E pescar de linhada do barranco não dá nada – afirma um ribeirinho de Varginha, em Santo Antonio de Leverger.
 
 
 
Com o sumiço dos pescadores clandestinos dos rios não foi registrada nos últimos dias nenhuma apreensão significativa de pescado em todo o Estado e muito menos na Baixada Cuiabana, onde o principal rio, o Cuiabá, está bufando de cheio, afastando não só os pescadores profissionais, mas até os amadores de suas margens.
 
 
 
Apesar do Governo Federal procurar impedir a pesca no período da piracema, inclusive pagando aos profissionais um salário mínimo durante quatro meses e endurecendo cada vez mais a legislação que regulamenta o setor, muita gente continua exercendo a atividade pesqueira clandestina no período de restritivo.
 
 
 
Na piracema 2012/2013 até a primeira quinzena de janeiro as instituições que combatem a pesca no período de defeso das espécies que vivem nos rios mato-grossenses já haviam apreendido 4 toneladas de pescado, uma tonelada a mais do total pego nos quatro meses de 2011/2012.
 
 
 
– O pescador ribeirinho geralmente tem consciência da importância de preservar esse fabuloso recurso da natureza e do qual ele e talvez seus filhos, netos, vão depender no futuro para viver. Mas o profissional, geralmente, não pensa assim. Tanto é que muitos deles esperam a liberação do primeiro salário do governo para comprar material pescar na piracema...  – revela um morador ribeirinho da Baixada Cuiabana.
 
 
 
Em alguns bairros de Várzea Grande não é tarefa difícil comprar peixes, principalmente, pintado, cachara e pacu de rios na piracema. Antes a oferta era feita abertamente na porta das casas, mas agora, com o endurecimento da lei pesqueira, a negociação é mais disfarçada e o comprador tem que correr o risco de transportar o pescado...






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