Segundo a Polícia Civil, a causa da morte de mais de 230 pessoas no incêndio na Boate Kiss foi a liberação de gases tóxicos com a queima da espuma que revestia o teto
(Foto: Daniel Favero / Terra)
O comerciante já prestou depoimento à polícia e encaminhará as notas fiscais do fabricante que forneceu o produto. Segundo Flávio, a espuma é vendida para vários estabelecimentos, de igrejas a consultórios dentários. "Nunca se soube que era proibido o uso. Tudo que eu tenho na loja é feito desse material. Acredito que daqui pra frente isso será um divisor de águas. Acredito que alguém em sã consciência não irá utilizar como isolamento acústico", conta o comerciante. Em entrevista veiculada no Fantástico e divulgada por seu advogado, Jader Marques, Kiko afirmou que a espuma foi colocada por indicação do engenheiro Miguel Angelo Pedroso. "As opções eram gesso ou espuma. A espuma eu achava horrível, muito feio. Eu optei pelo gesso. Porém, continuou o barulho. Eu voltei a chamar o Pedroso, pra gente trocar uma ideia, ver o que fazer. A gente botou espuma e madeira por cima, concreto, e aí, por fim, espuma. Eles queriam que eu botasse espuma em toda a boate. Mas eu botei só no palco", disse. O engenheiro se defendeu: "Eu tenho uma quantidade grande de projetos acústicos e de laudos acústicos, e jamais, em nenhum deles, eu aconselhei a utilizar espuma de borracha", afirmou
Comentários