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Cidades/Geral
Quarta - 30 de Janeiro de 2013 às 08:04

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Cerca de dois meses depois começar a retirar fazendeiros e moradores da terra indígena xavante Marãiwatsédé, no norte de Mato Grosso, a força-tarefa do governo federal concluiu a retomada de toda a área de 165 mil hectares. Um hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial.

Na segunda-feira, depois de sobrevoar a reserva para confirmar a situação, um dos oficiais de Justiça responsáveis por acompanhar a operação de extrusão dos não índios entregou à Fundação Nacional do Índio (Funai) o auto de desocupação final da área. Servidores da fundação e trabalhadores contratados durante a operação já começaram a afixar as placas de identificação dos limites do território indígena.

Inicialmente, não há impedimentos para que não índios circulem pelo interior da reserva. Mesmo assim, policiais federais, rodoviários federais e agentes da Força Nacional permanecerão no local por tempo indeterminado, garantindo a segurança da equipe responsável por elaborar o plano de transição. O plano tem o objetivo de garantir a segurança dos índios e de seu território, evitando novas invasões. Também já está sendo discutido o plano de gestão territorial e o destino a ser dado aos bens abandonados.

Segundo o coordenador regional do escritório da Funai em Ribeirão Cascalheira (MT), Paulo Roberto de Azevedo, a retirada foi concluída com tranquilidade, apesar dos conflitos registrados no início da operação. Contrários à decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que reconheceu a legalidade da demarcação da terra indígena xavante e determinou a imediata retirada dos não índios da área, algumas pessoas que ocupavam a área chegaram a bloquear rodovias como a BR-158 e a entrar em confronto com policiais.

O maior foco de resistência foi registrado entre os moradores do chamado Posto da Mata. Segundo a força-tarefa, manifestantes chegaram a atear fogo em um caminhão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a ameaçar de morte representantes do governo federal, servidores públicos e até algumas pessoas que concordaram em deixar a área pacificamente.





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