Campo Novo do Parecis está apresentando índices preocupantes no que tange a legislação "Maria da Penha". A violência doméstica aparece numa situação crônica na cidade. Nos primeiros dias do ano, registramos 58 inquéritos policias autuados na delegacia, desses, 26 foram só da lei “Maria da Penha”, o que representa mais de um inquérito por dia, ou quase metade de todas as ocorrências registradas.
A sociedade camponovense tem que começar a se unir e entender que é grave e preocupante esses dados”, informou o delegado, mencionando a grande quantidade de inquéritos em menos de um mês.
Os números são alarmantes. Quase que diariamente, é registrado um boletim de ocorrência relacionado à violência contra mulheres. Nos finais de semana a situação se agrava, pois é nesse período que existe o maior consumo de bebida alcoólica, refletindo diretamente nos números, pois muitos "companeheiros" estão alcoolizados quando agridem seu par.
Ao analisar os boletins de ocorrência, encontram-se vários deles em que a mulher que sofre a agressão retorna à delegacia para registrar novamente novas agressões sofridas por seu "companheiro". A mulher sofre a violência, procura a polícia, mas dias depois está novamente ao lado do seu agressor, passa certo tempo e as agressões voltam a acontecer. As mulheres muitas vezes perdoam aquele que causa dor física e psicológica.
O último caso de agressão à mulher em Campo Novo do Parecis foi registrado na madrugada de quinta-feira, 24, no Bairro Jardim das Palmeiras. A vítima foi agredida pelo marido com socos e pontapés. De acordo com o delegado titular da Polícia Civil da cidade, Luiz Henrique Damasceno, o autor das agressões foi preso em flagrante.
De acordo com Lei Maria da Penha, o Ministério Público pode denunciar o agressor nos casos de violência doméstica contra a mulher, mesmo que a mulher não apresente queixa contra quem a agrediu.
Comentários