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Cidades/Geral
Quarta - 16 de Janeiro de 2013 às 15:21
Por: Max Aguiar

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Motoristas independentes e caminhoneiros se reuniram na manhã desta quarta-feira (16) e trancaram o fluxo na MT-407, conhecida como Rodovia dos Imigrantes, do trecho entre o trevo de Santo Antonio de Leverger ao trevo do Lagarto, em Várzea Grande. O motivo do protesto é a falta de estrutura na via, que é o principal caminho dos motoristas que fazem transporte de carga e passam pela Capital.

O fechamento começou na região do Campão Grande, mas até o final da manhã o congestionamento já tinha fechado os dois lados da pista, por mais de 20km de extensão. Só estão liberados a passar naquele local, moradores e ambulâncias. os ônibus estão cortando por outros caminhos para terminar o trajeto.

A equipe de reportagem do Olhar Direto fez os 28km de extensão da rodovia e ouviu as reclamações dos motoristas que estavam com seus caminhões encostados por conta do protesto. Entre os desabafos, percebemos que um dos piores lugares para trafegar está na ligação entre Cuiabá e Várzea Grande, mais precisamente na ponte. “Essa ponte só está aqui ainda pela graça de Deus, por que a gente perde a conta dos buracos que tem em cima e nas bordas dela. Isso aqui é coisa feia para esse estado”, disse seu Valdivino, que está indo para a cidade de Sorriso fazer um carregamento de soja.


Foto: Max Aguiar - OD



Olmir Justino Fêu, Diretor do Sindicato dos Motoristas de Mato Grosso, explicou que esse problema já é existente a mais de 25 anos. “Entra governo e sai governo aqui permanece do jeito que está. O máximo que os políticos fazem por essa rodovia é um remedo casca de ovo, que é inadequado em lugares que passa carreta. Queremos uma solução imediata, se não vamos ter que gastar mais com carreta do que ganhar com serviço”, desabafou o diretor.

Heriton Fernando Rodrigues é carreteiro a mais de 30 anos e disse que a MT-407 é uma das piores do Brasil. “O que a gente passa aqui eu não desejo para ninguém. Um pedaço de 28km que podemos fazer em meia hora, aqui a gente gasta quase duas para concluir o percurso. Nunca vi um lugar mais mal arrumado que aqui”, disse o caminhoneiro.

Segundo informações da diretoria do Sindicato dos caminhoneiros, a pista só será liberada se após uma resposta do Governo do Estado. “Precisamos de soluções paras este lugar. Nós todos sabemos que não será da noite para o dia a mudança, mas que pelo menos eles tomem uma posição e olhem por nós. Estamos cansados de todo dia ter que arrumar eixo, roda, cavalinho e outros fatores do caminhão, por conta desse descaso conosco, disse Olmir Fêu, que também enfatizou que se nada resolver hoje, os caminhoneiros irão fechar o rodoanel em Rondonópolis, “Se não atender a nossa categoria, iremos parar o estado. Quando índio ou Sem Terras protestam todo mundo ouve, e por que quando a gente para todo mundo critica? Apenas queremos uma resposta, finalizou o diretor.

O Sindicato das Empresas do Transporte de Cargas de Mato Grosso também se solidarizou com os motoristas e enviou uma nota: Apesar de ser uma ação dos trabalhadores, o Sindmat se solidariza com a reivindicação. “Nossa diretoria já pediu ao governo ações emergenciais no sentido de recuperar esta rodovia já muito desgastada. Estamos no aguardo de atitudes mais pontuais”, disse Eleus Vieira de Amorim, presidente da entidade.

Outro Lado

A assessoria de Imprensa da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso informou que até o final da tarde de hoje uma resposta será dada aos caminhoneiros sobre as obras da rodovia.






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