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Cidades/Geral
Sábado - 12 de Janeiro de 2013 às 07:08
Por: Welington Sabino

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Morreu vítima de um acidente de trânsito na sexta-feira (11), em Cuiabá, Leonardo Rodrigues Jaune, 30, conhecido por seu histórico de crimes, entre eles, o homicídio do advogado Anderson Eustáquio da Costa, em junho de 2004, crime praticado com requintes de crueldade e pelo qual Jaune foi condenado em novembro de 2008 a 17 anos de prisão em regime fechado. Conforme informações policiais, Jaune sofreu uma queda de uma motocicleta BMW na madrugada desta sexta-feira, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em estado gravíssimo e levado para o Pronto-Socorro de Cuiabá, mas morreu.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado durante à tarde para recolher o corpo de Jaune no Pronto-Socorro entre 13h e 14h. De acordo com um funcionário do IML, ao final da tarde, por volta das 18h30 o corpo já havia sido liberado para velório e sepultamento. O Centro Integrado Operações e Segurança Pública (Ciosp) informou que o acidente ocorreu por volta das 2h da madrugada na Avenida Presidente Marques, no bairro Santa Helena.

Conforme informações do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Coxipó, responsável pelas investigações de acidentes de trânsito na Capital, familiares de Jaune disseram que ele havia voltado da fazenda da família em Nova Brasilândia e resolveu dar umas voltas de moto por Cuiabá. Foi então que ao passar pela Avenida Presidente Marques, ele perdeu o controle do veículo ao passar por um quebra-molas e passou reto chocando-se contra o meio-fio. Socorrido inconsciente pelo Samu, ele chegou  ao PS em coma induzido, morrendo no início da tarde. Acredita-se que ele desenvolvia velocidade bem acima da permitida para o local. 

O crime - Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Jaune em 2004 mandou matar o advogado Anderson Eustáquio, que era seu amigo, após a morte da irmã, Taíssa Jaune que se jogou do quinto andar do prédio onde morava. Contudo, Leonardo Jaune acreditava que Anderson estava envolvido na morte, apontada pelas investigações como suicídio, porque ele foi a última pessoa que esteve com Taíssa. O corpo do advogado que na época tinha 27 anos foi encontrado em uma lagoa no garimpo do Jatobá, localizado às margens da BR-364, na saída para Rondonópolis. O corpo foi encontrado com a barriga cheia de pedras, que segundo as investigações, foram colocadas para esconder o cadáver e impedir que ele boiasse na água.

Jaune que também era usuário de drogas foi preso pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em março de 2008, depois de ficar quase 3 anos foragido em virtude de sua prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso em 2006 relativa ao assassinato do advogado. Em novembro daquele mesmo ano ele foi condenado pela morte do advogado. Ele também já havia sido condenado em janeiro de 2010 a 3 anos de prisão um roubo cometido no estado de Goiás.

Benefício

Conforme os autos, Leonardo Jaune conseguiu o benefício da progressão de pena em setembro de 2012, e passou a cumprir a condenação por homicídio no regime semi-aberto. Conforme a decisão do dia 11 de setembro passado, o preso deveria efetuar trabalho externo lícito, devendo comprovar a respectiva ocupação nos autos, sair para o trabalho às 06h, e recolher-se à sua residência até às 19h, salvo se provasse trabalho lícito noturno, bem como na hipótese de estudar no período noturno, assim como no caso de frequentar cultos religiosos. Pelas regras impostas pela Justiça ao conceder o benefício, no horário do acidente Jaune deveria estar em casa e não transitando pelas ruas.

Também não poderia frequentar lugares inapropriados como casa de prostituição, Casa de Jogos, boca-de-fumo e outros lugares similares, não ingerir bebida alcoólica ou apresentar-se embriagado na Casa de Albergado. Também deveria comparecer mensalmente no juízo da execução penal da Comarca de Cuiabá, para assinar termo e justificar suas atividades, bem como, comprovar o seu endereço e nem poderia ausentar da comarca por mais de 7 dias sem autorização da Justiça.





Fonte: DO GD

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