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Cidades/Geral
Quinta - 10 de Janeiro de 2013 às 10:11

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Chico Ferreira

“Uma denúncia sem pé e sem cabeça”. Desta forma, o advogado Paulo Taques, responsável pela defesa do ex-secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, resumiu as ações penais aceitas pela Justiça Federal relativas às operações “Jurupari I e II”.

Para o advogado, o número de processos, 133, e de réus, 325, inviabiliza qualquer tentativa de celeridade ao processo. “Cada réu pode arrolar 8 testemunhas, além de ser ouvido. Só isso já dá 2.925 oitivas. Se contarmos que parte dos réus são pessoas jurídicas, com mais de 1 responsável, o número pode passar dos 3 mil”.

Além disso, lembrou Taques, cada uma das ações penais propostas pelo Ministério Público Federal (MPF) deve obedecer trâmite de instrução próprio. “Creio que os procuradores vão querer ‘emprestar’ provas de um processo para outro. Eles não vão poder dizer que a defesa está protelando”.

O advogado de Daldegan também criticou o prazo decorrido entre a operação, deflagrada em 2011, e o oferecimento da denúncia. “Eles (MPF) ficaram todo este tempo tentando ligar um monte de fatos que não possuem qualquer relação, não tinham sequer elemento para denunciar os réus. Me surpreendi até mesmo com o recebimento desta denúncia”.

Embora já conheça o teor do processo, Taques afirmou que irá aguardar a notificação judicial para “pela primeira vez”, apresentar a defesa de Daldegan.

Nesta semana, a Justiça federal de Mato Grosso recebeu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e transformou em réus 325 pessoas e empresas flagradas em esquema de desmatamento ilegal desmantelado pelas operações “Jurupari I e II”. Para dar celeridade aos processos, os juízes federais Fábio Henrique Rodrigues de Moraes Fiorenza e Jeferson Schneider desmembraram as denúncias em 133 ações penais.

Os suspeitos, entre eles 3 ex-secretários de Estado, responderão pelos crimes de formação de quadrilha, desmatamento ilegal, falsidade ideológica e furto de madeiras de áreas protegidas. Segundo as investigações do MPF, o esquema de extração clandestina gerou prejuízos ambientais avaliados em R$ 900 milhões.





Fonte: DO GD

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