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Agronegócios
Quarta - 02 de Janeiro de 2013 às 21:15
Por: Thalita Araújo

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Rui Prado, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em entrevista ao Agro Olhar, comenta os principais desafios que os produtores mato-grossenses devem enfrentar no ano que se inicia.

Segundo o presidente, “a inoperância de importantes órgãos do governo” é um dos principais problemas que devem continuar a incomodar o setor.

Prado também acredita que a formatação de leis trabalhistas específicas para o campo é outra grande demanda para o ano que se inicia.


AO - Quais são as expectativas para o agronegócio mato-grossense em 2013?

Rui Prado -
Da porteira para dentro, a expectativa é de mais um grande ano para os agricultores. Para os pecuaristas esperamos que 2013 seja ao menos melhor que 2012 que certamente não deixará saudade alguma para os criadores. Agora da porteira para fora teremos um enorme desafio: conviver com inoperância de importantes órgãos do governo e ao mesmo tempo lidar com uma Secretária de Fazenda cada vez mais voraz.

AO - A cadeira produtiva do Leite no Estado ‘ganhou’ uma associação neste ano, que pretende trazer mais força e representatividade à produção leiteira. Que outros setores produtivos no Estado ainda carecem de organização e desenvolvimento? Existem projetos para alavancar alguns deles no próximo ano?

Rui Prado -
Precisaremos trabalhar muito ainda para consolidar a Aproleite. Certamente o desafio da cadeia do leite é enorme e não tenho dúvidas que esta associação ajudará muito os produtores de Mato Grosso. Temos planos também para desenvolver o setor da ovinocultura e aquicultura.

AO - O agronegócio é a grande riqueza do nosso Estado. Como essa riqueza poderia ser mais bem vivida e distribuída entre a maior parte dos cidadãos mato-grossenses?

Rui Prado -
Acredito que ainda faltam políticas públicas para que nossas riquezas sejam melhor distribuídas. Onde o agronegócio de Mato Grosso é forte, como Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, entre outras cidades, as oportunidades são maiores e a distribuição de renda melhor. E na medida em que o agronegócio se intensifica numa região, especialmente com o desenvolvimento das agroindústrias, melhor também é o desenvolvimento econômico local.

AO - Quais são os maiores desafios que a agricultura e pecuária devem enfrentar em 2013?

Rui Prado –
Um dos desafios para 2013 é a legislação trabalhista. Precisamos de leis específicas para o campo, pois a CLT é mais focada na indústria e comércio. Outro desafio importante é a consolidação dos corredores de exportação.

Precisamos que a BR-163 tenha trafegabilidade para que haja um escoamento de produção substancial por esse corredor de exportação a fim de desafogar o corredor tradicional pelo Sul e Sudeste do país. Outro ponto que merece destaque é a qualificação profissional.

Acreditamos que é por meio da educação que os trabalhadores serão mais bem remunerados, gerando, consequentemente, mais renda e qualidade de vida na região. Vale destacar também o desafio ambiental. Ainda existe um desalinhamento do que já está previsto no novo Código Florestal e as leis ambientais estaduais. Isso precisa ser resolvido.






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