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Policia MT
Quinta - 28 de Novembro de 2013 às 07:13
Por: ADILSON ROSA

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Policiais civis cumprem um mandado de busca e apreensão em Barra do Garças, epicentro da fraude
Policiais civis cumprem um mandado de busca e apreensão em Barra do Garças, epicentro da fraude
Donos de autoescolas, servidores do Detran e fiscais examinadores estão entre os presos da Operação Fraus, desencadeada ontem pela Polícia Civil para desarticular um esquema de compra e venda de carteiras de motoristas emitidas sem a realização de provas ou, simplesmente, pela aprovação certa de candidatos quando se submetiam aos exames. Uma outra vertente aponta que terceiros se passavam por candidatos para realização de provas. Os candidatos pagavam valores variados entre R$ 600 e R$ 5 mil para obter o documento. 

A operação abrangeu 39 cidades com a possibilidade de aumentar o número nos estados de Mato Grosso, Goiás e Tocantins. São oito cidades de Mato Grosso, um município de Tocantins e 30 do Estado de Goiás. 

A operação foi desencadeada em Barra do Garças (cidade a 500 quilômetros a leste da Capital), onde os policiais saíram à caça de 19 pessoas que estão com a prisão temporária decretada e também a localização de 116 pessoas para prestar depoimento na Delegacia Municipal sob pena de prisão caso recuse. Dezesseis deles prestaram depoimento na Delegacia Fazendária em Cuiabá. Outros 48 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. 

Segundo o delegado Joaquim Leitão Júnior, as investigações iniciaram em setembro de 2010 com denúncia encaminhada pelo Ministério Público de Barra de Garças, que informava que a uma autoescola do município estava oferecendo facilidades para retirar e revalidar a CNH. 

Os alvos da operação são donos ou responsáveis por Centros de Formação de Condutores de Barra do Garças, instrutores e fiscais examinadores do Detran e Ciretrans. 

“Acreditamos que exista ramificação desse esquema em outras localidades no Estado de Mato Grosso e Goiás. Por isso, outros mandados de prisões e inclusões de alvos serão realizados no decorrer das investigações, com intuito de reprimir essa prática perniciosa de venda ilegal de habilitação”, destacou. 

Os presos vão responder por crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, alteração indevida de sistema de dados e falsidade ideológica. 

Participaram da operação 115 policiais civis (70 investigadores, 30 escrivães e mais de 15 delegados), com auxílio da Diretoria de Inteligência, das Delegacias da Polícia Civil de Cáceres, Rondonópolis, Várzea Grande, Cuiabá, Tangará da Serra, e das Polícias Civis dos Estados de Goiás e Tocantins. Na operação foram empregadas 25 viaturas policiais e um ônibus para conduzir os presos até a Delegacia de Barra do Garças. 

O nome da operação “Fraus” vem do latim e significa “uma mentira contada com boa intenção”. Na mitologia romana “Fraus” representava um deus personificado num teatro. O nome foi escolhido pela procura dos suspeitos em dar aparência lícita ao esquema criminoso de venda de habilitação com várias facetas e engenhosidades na sua consecução de resultado. 





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