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Segunda - 03 de Dezembro de 2012 às 15:11
Por: Romilson Dourado

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  A disputa pelo comando da Mesa Diretora de câmaras municipais, principalmente em cidades pólos, não corre solta, sem interferências externas, seja do Executivo, seja de representantes de outras esferas do Legislativo, como deputados estaduais e federais e até de senadores. Publicamente, o prefeito eleito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) batia na mesa que não iria se envolver nos embates entre os 25 vereadores eleitos e/ou reeleitos. Logo mudou de ideia. Bastou ser alertado de que precisa ter uma base sólida no Legislativo para, assim, poder obter a tranquilidade necessária para administrar, sem risco de ver projetos engavetados e de enfrentar CPI.

 

   Em seguida, se uniu ao prefeito Chico Galindo, que tornou seu cabo eleitoral no segundo turno. Mauro parte para consolidar um grupo com 13. Na outra ponta está o candidato João Emanuel (PSD) que, nos bastidores, tem apoio do sogro, deputado José Riva, presidente da Assembleia.

 

-- Mauro Mendes (PSB), prefeito eleito...

Mauro Mendes (PSB), prefeito eleito...

-- ...e o prefeito Chico Galindo, do PTB

...e o prefeito Chico Galindo, do PTB

   


Mauro avocou para si as articulações. Na quarta-feira passada, ele chamou para uma reunião em sua mansão no condomínio Alphaville os 7 vereadores eleitos de sua coligação do primeiro turno. Compareceram Adilson Levante, o Didi, Onofre Júnior e Faissal Kalil (os 3 do PSB), Mário Nadaf (PV), Adevair Cabral e Renivaldo Nascimento (ambos do PDT) e o reeleito Chico 2000 (PR).

 

   O prefeito eleito enfatizou a importância da unidade e de se eleger algum do grupo à presidência da Câmara. Em mais uma etapa de sua investida, Mauro senta nesta segunda com 3 dos 4 petebistas, sendo eles Dilemário Alencar, Leonardo de Oliveira e o presidente da Câmara, Júlio Pinheiro. Cloves Hugueney, o Clovito, por enquanto, não participa do bloco. É tido como oposição, pois apoiou na campanha o petista Lúdio Cabral, derrotado por Mauro no segundo turno.

    Ainda no decorrer da semana, Mauro tem agendado reunião com Lilo Pinheiro e Wilson Kero-Kero (ambos do PRP) e com Juca do Guaraná Filho (PT do B). Com isso, terá formado o grupo dos 13, número suficiente para eleger o próximo presidente para conduzir um duodécimo de R$ 29,9 milhões em 2013, o que representa R$ 2,4 milhões mensais.

    E quem deles teria mais chance de ser o cabeça-de-chapa? O prefeito eleito prefere não declinar nomes. De todo modo, assim como Júlio Pinheiro se coloca como candidato, Onofre, Dilemário e Mário Nadaf têm feito o mesmo. O grupo ganhou força por causa de outro apoio externo, o do prefeito Chico Galindo, do PTB. Na oposição está João Emanuel, o mais votado dos 25 que vão tomar posse e que conta com ajuda nas articulações do presidente da Assembleia, deputado José Riva. O cenário ainda é de indefinição, mas tudo indica que Mauro, com o poder da caneta e ainda com ajuda de Galindo, consiga eleger a próxima Mesa.

    Compromissos

    O chamado grupo dos novatos, mas que tem motivado a presença também de veteranos, já promoveu 7 reuniões, cada um num local diferente a cada semana. Nesta terça está previsto mais um encontro, desta vez na residência do médico Ricardo Saad (PSDB). Eles falam em renovação, independência e se autovalorizam, afinal são eleitores de si próprios. Discutem também conceitos. A tendência é que seja assinada uma carta pelos parlamentares do grupo, assumindo uma série de compromissos, principalmente o candidato a presidente. Entre as propostas estão de se ter um novo Regimento Interno, de descentralizar o poder para as decisões da Mesa não ficar concentrada no presidente, de formação do Colégio de Líderes, de fortalecimento das comissões temáticas e para realizar sessões itinerantes nos bairros, inclusive uma por semana





Fonte: RDNEWS

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