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Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Quarta - 14 de Novembro de 2012 às 17:39
Por: Julia Munhoz

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Ilustração

 O Juízo da 5ª Vara Federal de Mato Grosso prorrogou por mais cinco dias a prisão dos envolvidos na Operação Eldorado, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada. Ao todo foram expedidos 28 mandados de prisão, mas apenas 17 foram cumpridos e onze pessoas continuam foragidas, segundo a PF.

A operação Eldorado foi deflagrada no dia 6 de novembro para desarticular organização criminosa dedicada à extração ilegal de ouro e posterior comercialização no Sistema Financeiro Nacional. A ação foi deflagrada em Mato Grosso, mas tiveram mandados cumpridos em outros estados.

A Polícia Federal informou que foi necessário prorrogar as prisões mesmo que todos os detidos já tenham prestado depoimento, pois agora os agentes da PF irão analisar os materiais que foram apreendidos.

No dia em que foi deflagrada a operação índios da região do Teles Pires entraram em confronto com os agentes da Polícia Federal. Dois indígenas ficaram gravemente feridos e ainda estão internados no pronto-socorro da capital e um deles já está fora de perigo.

Um terceiro índio acabou morrendo no confronto, o corpo foi localizado no rio Teles Pires, segundo a Funai. E agora a Polícia Federal aguarda a exumação para averiguar a causa da morte.

Operação Eldorado

Durante a ação da PF foram expedidos 28 mandados de prisão temporária, oito mandados de condução coercitiva e 64 mandados de busca e apreensão, a serem cumpridos em sete Estados (MT, PA, RO, AM, SP, RJ e RS).

As investigações tiveram início em fevereiro do corrente ano e foram desenvolvidas pela DELEFIN/SR/MT - Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvio de Recursos Públicos, ficando constatado que, além dos crimes ambientais praticados (exploração ilegal de recursos minerais, destruição de áreas de preservação permanente e poluição), a organização criminosa cometeu também crime contra a ordem econômica (usurpação de bens da União), contra o Sistema Financeiro Nacional e Lavagem de dinheiro.

O ouro extraído das áreas indígenas e dos garimpos ilegais, era adquirido por empresas Distribuidoras de Títulos de Valores Mobiliários – DTVM"s e, após dissimular a origem, era vendido como ativo financeiro para investidores em São Paulo/SP. Em 10 meses de investigação, foi possível constatar que uma das Empresas Distribuidoras, das 03 (três) envolvidas no esquema, movimentou mais de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).






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