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Policia MT
Segunda - 12 de Novembro de 2012 às 20:49

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O suposto esquema de desvio de recursos da arrecadação de impostos da Prefeitura de Cuiabá, descoberto durante a “Operação Impostor”, da Polícia Civil, revelou que o valor recebido por cada servidor chegava a até R$ 5 mil. As investigações apontam ainda que em apenas 10 dias foram desviados cerca de R$1,3 milhão da arrecadação da capital. Até o momento, 14 suspeitos, dentre servidores efetivos e comissionados, além de 40 empresas estariam envolvidos no esquema criminoso. A Polícia Civil acredita que existam mais pessoas envolvidas.

De acordo com o secretário de Fazenda do município, Guilherme Müller, as fraudes foram identificadas após as dívidas oriundas de impostos terem desaparecido do sistema da prefeitura. “Os próprios servidores organizavam esquema de desvio de tributos com o auxílio de intermediários, que tinham acesso ao banco de dados da prefeitura”, afirmou o secretário.

O inquérito policial foi instaurado em 19 de junho deste ano para apurar “incoerências” no recolhimento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que a fraude se estendia também na arrecadação dos impostos ISSQN e ITBI e aos serviços de emissões de certidões, alvarás, aprovações de projetos, multas/fiscalização, habite-se e dívidas da antiga Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap). 

“Após a prefeitura requisitar a instauração do inquérito foi apontado que o esquema era alimentado por uma rede de relacionamento de pessoas que angariavam particulares ou prestadores de serviços para conseguirem facilidades na prefeitura"", afirmou o delegado fazendário Rogério Atílio Modeli.

O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, afirmou nesta segunda-feira (12) em coletiva à imprensa , que todos os servidores envolvidos no esquema de desvio poderão ser exonerados do cargo. “Somente na primeira fase das investigações já foi estimado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos, mas que poderá chegar a um valor muito maior, que vai fazer falta para a educação, saúde e outros investimentos. Os empresários que sonegaram vão ter que pagar a Prefeitura Municipal. Esse dinheiro pertence à sociedade cuiabana”, afirmou Galindo.

Na última sesta sexta-feira (9), 13 pessoas foram presas na capital pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração durante a Operação Impostor. Conforme a Polícia Civil, a prisão temporária dos 13 suspeitos encerra nesta terça-feira (13). Eles vão responder na Justiça pelos crimes de inserção de dados falsos no sistema de informação, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.





Fonte: Do G1 MT

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