CPI convoca secretário; Silval afirma não temer investigação

  Na sessão dessa terça (6), Rabelo solicitou à Mesa Diretora uma sala para servir de "sede" para a CPI do MT Saúde. Também foi requerida a cedência de assessoria técnica formada por advogado, economista, contabilista e administrador com especialização em gestão de planos de saúde.

  Rabelo chegou a anunicar na tribuna que o Bloco Independente, formado pelos deputados não alinhados ao Silval, solicitou a substituição de Guilherme Maluf (PSDB) por Luciane Bezerra (PSB) na titularidade da CPI sem especificar o motivo. Entretanto, nos bastidores, comenta-se que a decisão foi tomada para evitar desgastes já que o tucano é sócio-proprietário de hospital conveniado com o objeto de investigação.

   Ainda nesta semana, a CPI deve fazer as primeiras convocações. Entre os que vão prestar esclarecimento estão: o secretário estadual da Administração César Zilio, o ex-titular da pasta Geraldo De Vitto e o ex-presidente do MT Saúde Yuri Bastos. Os dirigentes das três empresas que gerenciaram o órgão, somente neste ano, também serão chamados.

 Geraldo De Vitto foi um dos "homens-fortes" na gestão Blairo Maggi (PR) e chegou a integrar o secretariado de Silval mas caiu após a eclosão do e Escândalo dos Maquinários.  Yuri Bastos, por sua vez, teve influência na administração estadual, no entanto, após confronto com o então "super-secretário" Eder Moraes, caiu no ostracismo até ser exonerado.

  Para o governador Silval,  a abertura da CPI não irá interferir no relacionamento com os deputados. Para ele, os  questionamentos que partem do Legislativo não significam uma possível “crise” com os deputados. “Às vezes as pessoas confundem um questionamento com a relação. Nunca tive problema com a Assembleia, eles sempre foram parceiros”, declarou.

 Mesmo assim, a CPI do MT Saúde terá o intuito de investigar o destino do dinheiro que é descontado de aproximadamente 50 mil servidores, beneficiários exclusivos do plano. O problema é que o montante não está sendo repassado aos prestadores de serviço do MT Saúde, que chegaram a paralisar as atividades. Outro alvo é a ex-primeira-dama do Estado Terezinha Maggi, que recebeu uma restituição de R$ 200 mil devido tratamento médico.