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Policia MT
Segunda - 05 de Novembro de 2012 às 07:54
Por: José Ribamar Trindade

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Chico Ferreira/Ilustração

Mais um final de semana violento na Grande Cuiabá. Foram oito assassinatos em quatro dias – de quinta-feira (01), até à noite deste domingo (04). Os quatro primeiros dias de novembro registraram dois homicídios por dia.

A última vítima da violência foi um homem baleado neste sábado (03). Os números  trázem à tona uma realidade nua e crua com três finais de semanas violentos, registrando dez, nove e oito assassinos respectivamente, somando 27 vítimas de assassinatos, alguns brutais e covardes.

A última vítima foi Identificado como Osvaldo da Silva Melo, de 39 anos. O homem ainda resistiu por 24 horas antes de morrer no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSM-VG) onde estava internado com ferimentos graves, provocados por balas.

Osvaldo, segundo a Polícia Militar, foi baleado no Residencial José Carlos Guimarães, em Várzea Grande (Grande Cuiabá), no início da noite deste sábado.

O corpo de Osvaldo foi liberado por investigadores da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), chefiados pelo delegado André Renato Gonçalves.

A Polícia iniciou as investigações, mas ainda não sabe os motivos do crime. Até o momento ninguém foi preso.

A Polícia Militar está sendo acusada de matar  um garoto de 16 anos com um tiro pelas costas. A versão da PM, no entanto, é bastante diferente. A vítima estaria armada com um revólver calibre 38 e teria disparado dois tiros contra a guarnição.

O garoto Fabrício Farias, de 16 anos, foi morto na noite desta sexta-feira (02) numa estrada de acesso a comunidade do Aricá, no final do bairro Nova Esperança, entre a periferia e a zona rural de Cuiabá.

A vítima, segundo a Polícia Militar, estaria em companhia de mais dois amigos. Fabrício estaria armado com um revólver, e o outro rapaz preso para averiguações, estaria armado com uma espingarda. O terceiro rapaz teria fugido entrando em uma matagal.

Uma guarnição teria recebido uma denúncia de que os três estariam se preparando para realizar um assalto na região. Na abordagem aos três, Fabrício teria disparado dois tiros contra a guarnição, mas acabou morrendo ao ser atingido com um tiro pelas costas.

Para a família de Fabrício, no entanto, as armas, principalmente o revólver foram plantados pela Polícia Militar para justificar o disparo pelas costas. O rapaz detido – nome não revelado -, disse que ele e Fabrício estavam apenas andando pela estrada, e que desconhecia a suposta terceira pessoa na cena do crime.

“Nunca. Meu sobrinho não era bandido e muito menos possuía uma arma, quando mais ter atirado contra a Polícia Militar. Eles estão mentindo. As armas foram plantadas., mas nós  vamos lutar por justiça”, desabafou Valdivino Alves de Jesus, tio de Fabrício.

Revoltado com a morte do parente, Valdivino foi mais contundente. “Vamos na Corregeria Geral da Polícia Militar exigir que a morte do meu sobrinho seja apurada com rigor. Também vamos na Delegacia Homicídio pedir providência para que as investigações apurem o caso com rigor, mas um inocente foi morte de maneira covarde”, concluiu.

7º HOMICÍDIO – O sétimo homicídio registrado pela Polícia em menos de 72 horas dos primeiros três dias do mês de novembro aconteceu no Jardim Passaredo, região Coxipó, na periferia de Cuiabá.

A vítima foi identificada como Maicon Jhone de Souza, de 24 anos. A execução, segundo a Polícia Militar, aconteceu na madrugada deste sábado, mas o corpo de Maicon só foi localizado pela manhã.

A própria mãe da vítima esteve no local do crime e fez o reconhecimento do corpo do filho. O corpo foi liberado por investigadores da DHPP. A Polícia ainda desconhece os motivos do crime, mas não descarta um “acerto de contas” ou uma “queima de arquivo”.






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