PF confirma que documentos são falsos e não foram usados nas eleições

 As investigações da Polícia Federal (PF) comandadas pelo delegado Cristiano Nascimento ainda não apontam o uso de documentos falsificados encontrados jogados em uma região de Várzea Grande no 1º turno das eleições municipais, mas confirmam se tratar de títulos de eleitores e cédulas de identidade (RGs) falsificados que têm como base uma única certidão de nascimento. Até o momento, estão em poder da PF um total de 98 RGs e 27 títulos, mas a quantidade falsificações pode ser bem maior, a começar por outro lote de documentos também apreendidos em Várzea Grande e que por enquanto estão em poder da 58ª Zona Eleitoral.

O delegado informou durante coletiva nesta tarde de sexta-feira (19) que o fato de a maioria dos documentos estar incompleta, ou seja, faltando assinaturas dos supostos titulares, plastificações e fotos (no caso dos RGs) não deixa dúvidas de que os documentos não foram utilizados durante a votação de 7 de outubro. “A Justiça Eleitoral não permite que o eleitor utilize documentos sem fotos ou sem assinaturas. Qualquer ocorrência desse tipo seria percebida pelos mesários que por sua vez comunicariam ao juízo eleitoral”, enfatizou o delegado Cristiano Nascimento.

Apesar de as investigações estarem no início e sem previsão para ser concluídas, tudo indica que a eleição na cidade não será suspensa, embora essa decisão seja de competência da Justiça Eleitoral após ter acesso ao resultado final da investigação.