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Quarta - 17 de Outubro de 2012 às 08:38
Por: Jonas da Silva

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As obrigações do governo do Estado de Mato Grosso requerem receita acima do que a administração estadual arrecada atualmente, e para tanto, necessitaria arrecadar o dobro do que tem hoje. O governador Silval Barbosa (PMDB) deveria abrir o jogo e explicar a diferença para a sociedade.

A avaliação foi feita pelo presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, ao responder nesta terça-feira na Rádio Mega FM denúncias do senador Pedro Taques (PDT) a respeito de recursos por excesso de arrecadação de R$ 59,1 milhões que o governo repassou ao Poder Legislativo entre junho e setembro e não para a saúde, que precisa de recursos para ações emergenciais.

"Na verdade, por mais que a gente arrecade, precisaríamos arrecadar o dobro, para atender a demanda que existe. Agora, ninguém tem coragem de falar isso. Mato Grosso, do ponto de vista econômico hoje, é um estado inviabilizado", atesta. Um dos investimentos que o Estado precisa, afirma, é em logística e transporte, tanto para interligar regiões a 1.000 Km de Cuiabá, quanto para escoar produção.

"Mato Grosso foi represando dívidas, extra orçamentárias, muitas delas fora do orçamento. E isso não é no governo do Blairo, foi desde outros governos. Uma hora isso ia estourar. Estourou onde, nos ombros do governador Silval", explica Riva para o que considera dívidas de curto prazo dos repasses dos Poderes e de custeio para movimentar a máquina pública.

"O Silval assumiu o governo e começou a se deparar com problemas. Eu acho e cobro o governador que ele deveria colocar isso sobre a mesa", sugere. "É mostrar à sociedade e não passar para a história como grande vilão, que é incompetente. Infelizmente o governador Silval não colocou isso sobre a mesa", conta o presidente da Assembleia.

Riva assinala que os recursos arrecadados pelo governo do Estado "não são insuficientes" e que a União, o governo federal, prejudica muito Mato Grosso. "Senhores deputados federais e senadores, se vocês não baterem na mesa, cobrar do governo federal uma posição sobre isso, Mato Grosso é o Estado mais prejudicado da federação".

O líder do PSD no Estado lembra ainda que não adianta lideranças políticas e empresariais propalarem aos quatro cantos que Mato Grosso contribui com 34% do superávit primário da balança comercial do Brasil, quando não há retorno desse indicador econômico. "Nós somos um Estado produtor, de produto primário. Então, nós somos rico em produção e pobre em arrecadação", opina.






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