Repórter News - reporternews.com.br
Politica MT
Domingo - 07 de Outubro de 2012 às 07:23
Por: Catarine Piccioni

    Imprimir


O senador licenciado Blairo Maggi (PR) e o seu suplente Cidinho Santos (PR), que atualmente exerce o mandato, preferiram não se pronunciar sobre a condenação do correliogionário Valdemar Costa Neto (PR-SP) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Deputado federal, Costa Neto é réu na ação penal 470 (mensalão).

A reportagem contatou Maggi e Santos por telefone durante a semana, mas eles não atenderam as ligações. Por meio da assessoria, os dois disseram entender que, embora pertençam ao mesmo partido, o Partido da República (antigo PL), cabe somente ao deputado comentar a decisão. Citaram ainda que o correligionário tem a possibilidade de recorrer à Organização dos Estados Americanos (OEA), “embora haja divergência jurídica em relação a esse recurso”.

Costa Neto anunciou na última terça-feira (2) que vai apresentar uma reclamação à OEA contra o resultado do julgamento do mensalão. No entanto, o órgão internacional não tem poder de interferir em um processo regulado pelas leis brasileiras, segundo especialistas. Em entrevista convocada especialmente para anunciar a reclamação, Costa Neto disse que quer assegurar o direito de ser julgado em duas oportunidades distintas (por outra instância ou pelo Supremo), com base na Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

“Mensaleiros” no partido e na bancada

Conforme já definido pelo STF, “mensalão” foi um esquema de desvio de dinheiro público para a compra de apoio no Congresso nos primeiros anos do governo Lula (2003-2010). Foi confirmada a participação de políticos de partidos aliados ao PT, entre eles o PL (atual PR) e o PP.

Na Executiva Nacional do partido de Blairo Maggi e Cidinho Santos, Costa Neto ocupa o posto de secretário-geral. Exerce o sexto mandato de deputado federal e é um dos principais articuladores do PR no Congresso Nacional.

Costa Neto presidia a legenda (então PL) na época do esquema e foi acusado de receber R$ 8,8 milhões do “valerioduto”. Sustenta que o dinheiro era para pagar dívidas da campanha de 2002, como parte de um acordo eleitoral com o PT. Diz que foi condenado pelo crime errado, alegando que teria cometido apenas "ilícito eleitoral". Chegou a renunciar ao mandato em 2005 para escapar do processo de cassação. 

Quando questionado sobre o colega de bancada, o também deputado federal Pedro Henry (PP), Maggi se limitou a dizer – no final de agosto -- que "cada um tem de ser responsável por seus atos” e que Mato Grosso e a bancada do estado no Congresso não podem ficar manchados por conta da condenação do pepista – Henry também foi condenado no último dia (1°) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do mensalão; ele também nega as acusações. 






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/39516/visualizar/