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Domingo - 16 de Setembro de 2012 às 09:34
Por: Kamila Arruda

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O candidato a prefeito de Cuiabá, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), é o que mais contratou cabos eleitorais para trabalhar em sua campanha até o momento. Ao todo, são 1.950 pessoas contratadas. Em contrapartida, o candidato pelo PPL, o funcionário público Adolfo Grassi, não possui nenhum cabo eleitoral, e nem tem a intenção de contratar algum.

O candidato tucano possui 900 voluntários a mais que o candidato o Pátria Livre.

Grassi argumenta que os gastos com pessoal são muito elevados, e sua coligação não tem condições financeiras de arcar com isso. Apesar disso, conta com a ajuda de voluntários. No total, são dez “doadores de mão-de-obra” até o momento. Entre estes estão amigos, lideranças sindicais e familiares.

Logo após Guilherme Maluf aparece o vereador Lúdio Cabral (PT), que já contratou mais de 390 cabos eleitorais para atuar na sua campanha. Com relação a voluntário, ao todo são apenas 15. Além disso, o candidato petista também possui 155 cessões de carros entre adesivagem e carros de som.

Já o candidato pelo PSD, ex-secretário municipal Carlos Brito, tem uma estimativa de chegar aos 200 cabos eleitorais até o final da campanha, contudo, no momento possui 130 pessoas trabalhando. A doação de mão-de-obra fixou-se em 30.

O senador José Aparecido dos Santos (PR), o “Cidinho”, que atua na vaga de Blairo Maggi (PR) - que está licenciado -, quer limitar o número de cabos eleitorais durante as eleições municipal, estadual e nacional.

O projeto de lei foi apresentado pelo parlamentar na semana passada e tramita na Comissão de Constituição Justiça (CCJ) em caráter terminativo.

Caso seja aprovado e se torne lei, cada candidato ao Palácio do Planalto nas próximas eleições poderá contratar, no máximo, sete mil cabos eleitorais e contar com o apoio de até 14 mil voluntários.

No caso de campanha para governo, prefeitura, Senado e Câmaras federal, estadual e distrital, em Estados e municípios com mais de 100 mil eleitores, o autor propõe um teto de dois mil cabos eleitorais, além de quatro mil voluntários.

O número de contratações deverá ser equivalente a 0,05% do total de eleitores da circunscrição, respeitando-se o máximo de duas mil contratações.

Desta forma, candidatos que disputam a eleição em Estados ou municípios que têm entre 50 mil e 100 mil eleitores poderiam contratar até 50 cabos eleitorais.

E em localidades com menos de 50 mil eleitores, o candidato seria autorizado a contratar apenas 25 pessoas.

Para exemplificar a proposta, o republicano citou Cuiabá como exemplo. A Capital possui 400 mil eleitores e, com isso, caso a medida entre em vigor, na próxima eleição cada candidato a prefeito poderá contratar no máximo 200 pessoas e ter apoio de até 400 voluntários.

Segundo Cidinho, o projeto tem como objetivo coibir o abuso de poder econômico durante as campanhas eleitorais.

“Queremos impedir a contratação de verdadeiros exércitos de cabos eleitorais, muitas vezes enganosamente chamados de voluntários, para diuturnamente, por meio de toda sorte de artifícios, procurar obter o voto do eleitor, muitas vezes utilizando falsas promessas”, destacou o parlamentar.

Os candidatos Mauro Mendes (PSB) e Procurador Mauro (Psol) não forneceram a reportagem as informações solicitadas. No caso de Mauro, os dados estavam apenas com o coordenador da campanha, Emanuel Pinheiro (PR), que não foi localizado.






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