Imagens de um circuito interno de segurança mostram assaltantes usando fardas da Polícia Militar e do Exército durante um assalto a um estabelecimento comercial em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. A Polícia Civil informou que vai apurar se as fardas são oficiais ou apenas semelhantes às utilizadas pela corporação. A ação criminosa ocorreu na semana passada em uma churrascaria na Rodovia dos Imigrantes, na cidade.
Três suspeitos disfarçados de policiais militares e dois de soldados do Exército entraram de madrugada no estabelecimento, como revelam as imagens. "Essas fardas são conseguidas de duas formas: por furto na casa do policial militar ou no veículo ou ao roubar bagagens de veículos. Se a farda estiver na bagagem, eles tentam tirar proveito disso", disse o delegado Carlos Américo Marchi, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), da capital.
De acordo com a major da PM Grasielle Bugalho, as vendas das fardas aos policiais são feitas por empresas cadastradas pelas instituições de segurança. "A venda do uniforme só pode ser feita por empresas credenciadas na instituição e que façam os uniformes de acordo com o modelo previsto no regulamento de uniforme da instituição", afirmou. Segundo ela, só podem adquirir o uniforme aqueles que se identificarem.
A dona da churrascaria informou que essa foi a segunda vez que o local foi assaltado. Dessa vez, os ladrões levaram cerca de R$ 800 em dinheiro e alguns produtos que estavam à venda, como bonés, óculos e cigarros.
Nesse caso, a PM vai investigar se as fardas são oficiais ou semelhantes. "Se essas pessoas forem presas vai ser investigado onde eles conseguiram adquirir essas fardas e se elas saíram de dentro da instituição os responsáveis serão penalizados", disse a major Grasielle Bugalho.
Em outra ocasião, um homem com a farda do Exército entrou em uma padaria da capital e participou de um assalto. Segundo a Polícia Civil, tirar proveito de roupas militares para participar de crimes pode ser um agravante na hora da pena.
Comentários