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Terça - 11 de Setembro de 2012 às 15:35
Por: ITIMARA FIGUEIREDO

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A Assembleia Legislativa integra a comitiva mato-grossense que estará em Brasília, nesta quarta-feira (12), às 10 horas, para reunião com o secretário Nacional de Articulação Social, Paulo Roberto, que vai tratar sobre a celeuma instalada na Gleba Suiá Missú, em Alto Boa Vista, na Região Araguaia.

A comitiva quer sensibilizar o Governo Federal a resolver o impasse e por fim ao litígio de terras, que envolve a comunidade Xavante e milhares de fazendeiros ocupantes da área. O assessor da Presidência do legislativo estadual, Nelson Salim, acompanhará a reunião.

Na manhã desta terça-feira (11), o presidente da Associação de Produtores Rurais da Área Suiá Missú, Renato Teodoro concedeu entrevista coletiva à Imprensa, na presidência da Casa de Leis, destacando os impactos econômicos e sociais que ocorrerão caso as famílias sejam obrigadas, por determinação judicial, a deixar a área onde vivem há 20 anos. “A região parece um barril de pólvoras. Queremos a atenção do governo federal para resolver esse problema”, alertou Teodoro, ao acrescentar que pelo menos 200 mães moradoras dessa região e seus filhos fazem manifesto hoje em Brasília e que centenas de manifestantes se recursam a liberar as BR 242 e 158 enquanto não houver uma solução.

Segundo ele, são aproximadamente sete mil pessoas vivendo na área de 165 mil hectares, que abrange os municípios de Alto Boa Vista, onde 72% do território é na Suiá Missú, São Félix do Araguaia, Serra Nova dourada e Bom Jesus do Araguaia. A área produtiva possui 600 propriedades, também conta com duas escolas, 72 comércios, dois hotéis, dois postos de combustíveis. “É preciso levar em consideração a situação dessas famílias”, disse Teodoro.

Também informou que 30% dos índios não aceitam a proposta aprovada pela Assembleia Legislativa, amparada pela Lei 9.564, de junho de 2011, de autoria dos deputados José Riva (PSD) e Adalto de Freitas (PDMB), que autoriza o Governo do Estado a realizar permuta com a União, através da Funai, do Parque Estadual do Araguaia, numa área de 230 mil hectares, e dispõe de condições ambientais favoráveis aos costumes indígenas e é banhada pelos rios Araguaia e das Mortes. Teodoro disse que um dos estímulos é a possibilidade de instalar pedágio em pelo menos cinco pontos estratégicos nas rodovias que cortam esses municípios, a exemplo de Sapezal.

Objetivo da lei é transformar o Parque Estadual do Araguaia em Parque Indígena Xavante e a regularização fundiária aos atuais ocupantes da área Suiá Missú.






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