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Politica MT
Quarta - 05 de Setembro de 2012 às 09:27
Por: STÉFANIE MEDEIROS

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Apenas 43% das famílias despejadas do bairro Bela Marina permanecem no Ginásio Dom Aquino. Hoje faz 28 dias desde a desocupação. Na ocasião, os moradores contabilizaram que moravam no terreno 140 famílias. Atualmente, só restaram 61, que esperam a transferência para os terrenos prometidos.

A área para a qual elas vão ser transferidas já está definida e esta semana passará pelo processo de limpeza. O novo endereço dos desabrigados não foi divulgado porque as autoridades temem que o espaço seja tomado por oportunistas.

A representante dos moradores, Camila Amaral, contou que algumas pessoas não estavam na desocupação e nem ficavam no ginásio, mas apareciam para as reuniões. Segundo ela, eles queriam apenas se aproveitar da situação para ganhar mais um pedaço de terra. “Sempre aparece gente nas reuniões querendo ganhar em cima do sofrimento dos outros”, explicou.

O líder da Associação dos Moradores do Bairro Bela Marina, Gilmar Santana, disse que a previsão é que eles saíam do local ginásio na semana que vem. Ele explicou que muitos não agüentaram ficar tanto tempo vivendo em comunidade e por isto abandonaram o ginásio.

Segundo Santana, as famílias passaram por um processo de seleção, e somente aquelas que estavam no terreno, do qual foram despejadas por um processo de reintegração de posse, é que vão para a nova área. “Viver junto é difícil, nem todo mundo aguenta. Eu sinceramente não sei para onde os que saíram foram, mas os que estão aqui é que vão receber um novo lote”.

O prazo de permanência no Ginásio Dom Aquino era de apenas 15 dias. A Defensoria Pública de Mato Grosso teve que conseguir uma ordem liminar para que as famílias não fossem expulsas do local ao final do período. Como o terreno ainda não está em condições de receber as pessoas, elas vão permanecer acomodadas na quadra de esportes.

As famílias estavam antes em uma propriedade privada. Eles permaneceram nesse terreno por aproximadamente quatro meses, tempo em que limparam a área e construíram barracos. Devido a um processo de reintegração de posse, tiveram que sair do local.

Os moradores receberam alimentação e colchões do governo do Estado para que se acomodassem nas imediações do ginásio. Eles se revezam na limpeza e na cozinha. No entanto, encontram dificuldades para se deslocar na cidade, principalmente para levar as crianças à escola e ir para o trabalho.




Fonte: DO DC

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