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Politica MT
Terça - 04 de Setembro de 2012 às 18:55
Por: Glaucia Colognesi

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  Depois de ser acusado de plagiar Plano de Governo, o candidato a prefeito de Cáceres, líder nas pesquisas de intenção de votos, Leonardo Albuquerque (PSD) é suspeito de copiar o slogan e proposta do adversário do PT, Edson Penha Mendes, o Edinho. O petista garante que vem trabalhando há muito tempo o tema:  “Cáceres nas mãos do povo” e que até entrou na Justiça para reprimir o adversário a explorar a mesma ideia, mas o juiz eleitoral decidiu em favor da pacificação e permitiu o uso do mesmo lema pelos 2. Edinho também afirma que a proposta de funcionamento das creches no período noturno vinha sendo trabalhada por ele junto aos eleitores antes de Leonardo citar em seu programa eleitoral “Essa não é a primeira vez que ele age dessa forma, plágio é prática desse candidato”, protestou.

 

   A assessoria de Leonardo explica que propostas de apoio à família e ao trabalhador são comuns por parte de partidos populares. Explica que a sugestão de terceiro turno nas creches surgiu quando Leonardo fez arrastão nos bairros e percebeu que é grande o número de crianças que ficam sozinhas em casa, muitas delas cozinhando e cuidando dos afazeres da residência, enquanto os pais saem para trabalhar. Quanto ao slogan, a assessoria diz que foi sugerido pelo marketing que trabalha a imagem de Leonardo como de um candidato que nasceu da vontade popular, de forma espontânea, e que quer implantar um governo participativo em contraposição à atual administração e ao candidato que representaria o poderio econômico.  

    A onda de denúncias contra o candidato do PSD começou quando uma estudante do curso de Ciências Contábeis da Unemat acusou o social democrata de copiar o Plano de Governo do prefeito assassinado de Santo André (SP), Celso Daniel (PT). Leonardo chegou a reconhecer que houve plágio, por meio de nota encaminhada à imprensa, mas responsabilizou o engenheiro Adilson Domingos dos Reis pelo crime e disse ser vítima de armação arquitetada pelo adversário Francis Maris, o Francis da Cometa (PMDB). Francis justifica que o profissional ficou responsável por colocar no papel as propostas discutidas pela coligação junto à população e, por má fé, copiou trechos do plano de governo do gestor paulistano, pois depois disso rompeu com o grupo e declarou publicamente apoio ao adversário peemedebista.

    Ainda por meio de nota, Leonardo insinua que a estudante foi preparada para atacá-lo, pois estava muito nervosa e não olhava em seus olhos. Por telefone, a assessoria do social-democrata dá mais detalhes sobre a suposta “fraude” e afirma que a moça foi orientada pela esposa do vereador Martinho Lacerda, que é do grupo adversário. “O episódio deixou no ar uma pergunta, como o texto copiado por Adilson e entregue como a redação final do Plano de Governo de Leonardo foi parar nas mãos da estudante? Quem acredita nesta coincidência também acredita em papai noel”, diz trecho da nota.

    Ao final, o social-democrata informa estar elaborando um novo Plano de Governo e ainda reforça que sofre perseguição e acusa a imprensa local de ter se vendido para Francis. “Minha equipe tem sofrido assédio moral, meus materiais de campanha vem sendo atacados”, diz outro trecho da nota.

 

    O engenheiro acusado de plágio também divulgou nota negando ser autor do ilícito e ter feito o texto final do Plano de Governo devolvendo a culpa a Leonardo. Revoltado, o profissional chegou a chamar o social-democrata de oportunista, paranóico e despreparado. Explicou ter sido candidato a vice-prefeito em 1996 e na ocasião ter elaborado uma proposta para Cáceres tendo como referência o Plano de Santo André.

 

    Contou ainda ter sugerido o mesmo conteúdo para servir como consulta a Leonardo e este em vez de constituir uma Comissão para construção do Plano de Governo deixou o tempo passar e, às vésperas do prazo para efetuar o registro de candidatura, acabou copiando minuta do plano de Celso Daniel e apresentando como sua à Justiça Eleitoral. Por fim, o engenheiro acusou Leonardo de criar factóides, que nada mais é do que buscar a veiculação de fato verdadeiro ou não de forma sensacionalista com o objetivo de causar impacto na opinião pública e influenciá-la.





Fonte: RDNEWS

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