Operação identifica que instituto contratado por quase R$ 400 mil para projetos sociais da Prefeitura de Cuiabá não tem sede própria Operação investiga desvios de convênio entre prefeitura e instituto. Durante as buscas também foram apreendidos R$ 65 mil, em espécie, na casa de um dos alvos.
A Operação Ippon, deflagrada na terça-feira (27) pela Polícia Civil em Cuiabá, identificou que o Instituto Mato-grossense de Artes, Cultura e Desporto, contratado por quase R$ 400 mil para projetos sociais da Prefeitura de Cuiabá, não tem sede própria.
A Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá foi alvo da Operação na capital. Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
A operação, segundo a Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), resultou na apreensão de nove processos resultantes dos convênios firmados entre 2014 a 2018 para subsidiar a apuração sobre desvios de recursos públicos da secretaria.
Durante as buscas também foram apreendidos R$ 65 mil, em espécie, na casa de um dos alvos. A operação Ippon recebeu esse nome em alusão a expressão utilizada em competições de artes marciais para atribuir um golpe perfeito.
Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá foi alvo da Operação Ippon, em Cuiabá — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso/Assessoria
O inquérito policial foi aberto em agosto de 2017 após denúncia recebida na delegacia. O inquérito apura eventuais desvios de recursos públicos, ocorridos entre os anos de 2014 e 2017, por meio de convênios celebrados entre o instituto com a Prefeitura de Cuiabá.
Na investigação ficou comprovado por meio de relatório policial de que o instituto não existe fisicamente e que a representante dele conseguiu celebrar os convênios, dos quais os recursos que deveriam ser aplicados em prol de crianças e adolescentes carentes, em situação de vulnerabilidade social, foram desviados de sua destinação.
Duas servidoras pública são investigadas, uma trabalhava no setor financeiro e outra era responsável pela aprovação dos projetos dentro da secretaria investigada. Uma delas já não trabalha mais no órgão.
Por meio de assessoria, a prefeitura informou que está colaborando com a investigação e deve se manifestar sobre assunto posteriormente.
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