Nove dias após assumir o mandato, o prefeito George Raposo Maia, o Lelo Maia, renunciou ao cargo na cidade de Barra de São Miguel, há 34 km de Maceió, por determinação judicial. Em seu lugar, deve entrar o presidente da Câmara.
Segundo o advogado de Lelo Maia, Marcelo Brabo Magalhães, a cidade tem dívidas de R$ 2,5 milhões, com a folha salarial de funcionários e comissionados em atraso. "Os fornecedores não recebem os créditos a que têm direito. De igual modo, se encontra em débito com os repasses do duodécimo da Câmara Municipal, como as obrigações legais, inclusive o INSS de seus servidores e prestadores de serviço", disse Raposo, em nota oficial.
O ex-prefeito disse que "sem dúvida alguma, hoje em dia, é impossível de sanar todos os problemas existentes, permitindo que o município de Barra de São Miguel mantenha suas atividades regulares. Só me resta, por fim, diante do quadro e situação vivenciada, formalizar, em caráter irrevogável e definitivo, com muita dor no coração, mas na certeza que estarei, de maneira decisiva, contribuindo para um melhor e mais alvissareiro para a minha amada e querida Barra de São Miguel, a minha renúncia ao honroso cargo de prefeito que ora exerço."
"George apenas nomeou e exonerou servidores. Ele se viu diante de uma situação inusitada. Caso ele assinasse algum documento ou efetuasse pagamento de algo, o nosso cliente poderia ser preso por até cinco anos. De fato, o município se encontra em completo estado de falência", afirmou o advogado.
O prefeito Reginaldo Andrade (PTB) foi afastado do cargo acusado de corrupção. Entre os crimes, está a omissão em processos licitatórios, a "aquisição" de bens ou serviços diretamente sem procedimento licitatório e a ausência de licitações na contratação para execução de obras e para prestação de serviços.
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