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Quarta - 08 de Agosto de 2012 às 13:15
Por: Glaucia Colognesi

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      O ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) aproveitou a entrevista ao RDTV da última segunda (6) para prestar contas da sua gestão na Capital. Considerou que o erro mais grave que cometeu foi não ter percebido a politização do PAC. Sem citar nomes, o tucano disse que muita gente do Governo Estadual e do Ministério das Cidades trabalhou contra a realização do programa. Na época, Wilson alegava que tinha cumprido todas a exigências legais para a liberação dos recursos e que por ser ano de eleição e oposição ao grupo do governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário-executivo do Ministério Rodrigo Fiqueiredo, o estava boicotando para não desempacar o PAC, causar desgaste na gestão e fazer ele perder votos.

 

     Como segunda falha na administração, Wilson destacou o recuo, em 2005, na decisão de reajustar o IPTU. À época havia um estudo para o aumento, mas diante da pressão popular, ele acabou desistindo. O tucano avaliou ser uma medida impopular, mas necessária. Proposta que, meses mais tarde, foi colocada em prática pelo atual gestor Chico Galindo (PTB). O terceiro erro teria sido a desativação da estação Bispo, sem prévia e ampla comunicação à população. Por último, ele avalia como uma falha a relação difícil com o Governo do Estado.

     Como maior erro da sua carreira política, no entanto, Wilson destacou ter deixado o Palácio Alencastro para concorrer ao Governo. O tucano, que já teve mais de 7 mandatos, atuou mais de 20 anos na política, foi prefeito 2 vezes e passou pelos parlamentos municipal, estadual e federal, lamentou o que chamou de precipitação. "Reconheço um grave erro, isolamento ao tomar a decisão de ser candidato. Ouvi pouco. Não escutei minha esposa, que era contra, nem o ex-governador Garcia Neto e o ex-prefeito Aecim Tocantins, que me alertaram", ponderou.

     Apesar de reconhecer a falha na estratégia, Wilson pontua que a interrupção do segundo mandato como prefeito não foi ponto fundamental para lhe deixar no terceiro lugar nas eleições de 2010. Ele afirma que o mair problema foi a falta de apoio financeiro do PSDB nacional. Wilson diz que o partido só honrou com 5% do que havia sinalizado para aquele pleito. Por isso, sua campanha ao Paiaguás teve a menor estrutura entre todos candidatos e até mesmo da sua campanha de reeleição em 2008. Wilson salienta que gastou apenas R$ 800 mil aquele ano. "A falta de financeiro desmotivou o pessoal, tínhamos menos gente trabalhando na campanha ao Governo do que à Prefeitura", analisou.

     O tucano garante que antes de faltar recursos, o cenário para sua candidatura era favorável, por ser o candidato mais experiente politicamente, ter um bom arco de aliança. Diz ainda que pesquisas feitas em todo o Estado o apontavam como favorito. Segundo ele, uma consulta feita pela legenda na Capital também revelava que a população não via de forma negativa a possibilidade dele deixar a prefeitura e concorrer ao Governo. "Depois os adversários foram competentes. Souberam transformar isso em algo negativo, Insistiram na tese e acabou colando", avaliou.

     Apesar disso, Wilson citou feitos que considera acertos durante o tempo em que comandou a Capital: ter colocado os salários dos servidores em dia, numa época em que a Prefeitura atrasava os pagamentos há 11 anos; ter levado Cuiabá entre as 10 cidades com maior IDH (ìndice de Desenvolvimento Humano); ter elevado a Educação municipal da 17ª para a 7ª no levantamento das Capitais feito pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica); ter elevado piso salarial dos professores, que estava em 21º melhor do país quando assumiu e foi para o 2º.

     Na saúde, pasta bastante criticada, ele também garante ter acertado. Ressalta que é o setor é qualificado como sendo de alto padrão pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Também ressata que reduziu a mortalidade infantil, construiu 34 postos de Saúde da Família (PSFs) e com isso aumentou a longevidade dos cuiabanos. Ele também pontua ter pego uma previdência com caixa zerado e uma dívida de R$ 1,8 milhão e que agora o Cuiabá-Previ tem R$ 65 milhões de superávit.





Fonte: RDNEWS

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