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Terça - 07 de Agosto de 2012 às 11:10
Por: Jonas da Silva

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Reclamação de vereadores sobre falta de dinheiro, pedido de transparência e resposta da direção do DEM de que tudo não passa de criação pré-meditada de assunto, o chamado "factóide", como disse o presidente do partido, Leonardo Leão. Fato concreto é que o Democratas e o PSDB arrumaram um ruído para atravessar o período eleitoral. Algumas fontes das duas siglas até falam em chantagem.

Entretanto, Guilherme Maluf, João Celestino, seu vice, e as coordenações políticas das siglas sabem que têm uma decisão a tomar: ou ficam refém de Muvuca, ou vão sempre ter ruído de campanha toda vez que um grupo de vereadores rebelados resolver enfrentar os coordenadores por mais recursos materiais e dinheiro para campanha. 

O grupo de rebelados conta com Ivan Paduim, os professores Euclides de Lima e Ana Ribeiro e o polêmico Muvuca. O presidente do DEM contesta Muvuca e seu grupo pelo fato de toda terça-feira ter reunião da coordenação, fato que se repeteria amanhã. "Muvuca queria gerar mídia para ele. Desde semana passada e no fim de semana ele tentou falar com colegas de imprensa", argumenta.

Foi por iniciativa dessa turma que a campanha do candidato a prefeito de Cuiabá Guilherme Maluf (PSDB) teve que enfrentar nesta segunda-feira pressão de candidatos a vereador do Democratas (DEM). Eles pressionaram por recursos para a disputa. Os vereadores culpam o presidente do DEM de segurar recursos para a campanha. Ele nega e diz que foi feito o combinado.

A candidata Ana Rita Ribeiro afirmou que falta proximidade de lideranças com os vereadores, como os irmãos Jayme Campos (senador) e Júlio Campos. Mais ela diz que por falta de recurso, "faz campanha a pé, sem gasolina e sem santinho".

Cobrança

O grupo de dez candidatos se reuniu com assessores e o coordenador da campanha tucana, ex-secretário municipal Permínio Pinto. Os vereadores alegam que não tem recebido recursos além de materiais gráficos para a campanha.

Permínio explica que a parte da coordenação foi feita, com "repasse feito na quinta-feira passada". Diplomaticamente, eles dizem que não há nada contra a candidatura

Já Muvuca alega que há uma "roubalheira" e diz que recursos repassados pela coordenação de Maluf não chegam aos vereadores. Leonardo rebate. "Não há crise com o Guilherme Maluf, continuamos a pedir voto", fez questão de esclarecer Muvuca após reunir-se com Permínio.

Ele chegou até a pedir para o grupo reunido no comitê de Guilherme Maluf que Leonardo deveria ser substituído. O que não prosperou. A insatisfação dos candidatos se intensificou na semana passada. No sábado, o grupo fez reunião para tirar um encaminhamento.

Muvuca recebeu 50 mil santinhos na semana passada, segundo a assessoria do comitê de Maluf. O grupo de candidatos que participou da reunião diz que a média que recebem da coordenação do DEM em dinheiro para suas campanhas é de R$ 50 a R$ 200 para combustível, fora material gráfico (santinhos e "santão", retratos móveis grandes) para pedir voto na rua.

O candidato professor Euclides, que também participou da reunião no PSDB, diz que eles querem reforço para poder concorrer com os atuais candidatos e outros concorrentes com mais poder de competir por uma das 25 vagas na Câmara de Cuiabá. Ele cita que haveria uma certa vantagem de apoio a eles. "Nós estamos sendo massacrados por outros partidos".

Bate-boca

Ele rebateu o palavrão "bosta" dito por Leonardo. "O senhor não pode judiar dos seus correligionários. Isso que o senhor falou de bosta, o presidente não fala".

"Veja nosso candidato Paulo Borges. Viu a beleza do comício que ele fez. O Antonio Fernandes. Esse pessoal está predistinado a ser eleito", afirma.

Por meio da assessoria, Permínio diz que "entende ser justa a reivindicação, mas que o partido deve resolver internamente".






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