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Quinta - 14 de Novembro de 2013 às 11:41
Por: THIAGO ANDRADE

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A movimentação do Pros junto ao PP é vista pelo analista político Louremberg Alves como um caminho que o deputado federal Valtenir Pereira (PROS) encontrou para “sobreviver” no meio político. 

Para Louremberg, ao sair do PSB, Valtenir se viu isolado, uma vez que sua nova sigla não foi convidada, até o momento, para diálogos com as legendas da base do governo nem da oposição. 

Neste contexto, a “salvação” para o ex-socialista foi a formação de um terceiro bloco com o PP. O grupo nasceu originalmente na Câmara Federal e, segundo Louremberg, não significava um alinhamento eleitoral. Mesmo assim, Valtenir não perdeu tempo e se articulou para trazer o bloco para o Estado, com uma possível aliança para o pleito do próximo ano. 

“Até o momento, o Pros está fora das conversações, então, Valtenir corria o risco de não ser reeleito e teve que dar seus pulos”, analisa. 

Ele destaca que Valtenir, antes sempre presente em inaugurações, por exemplo, não tem sido visto com tanta frequência, o que demonstraria uma certa resistência dos partidos aliados ao governo a seu nome. 

O cientista político destaca, todavia, que a tentativa de se aproximar do PP deve ter alguns percalços. Isso porque Eraí Maggi (PP) só deve ser candidato ao governo do Estado se tiver apoio dos partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT). 

Valtenir, por sua vez, vai precisa de uma ajuda extra para conseguir aproximação com outros partidos. “Valtenir tem essa série de dificuldades para vencer. Precisa de um articulador para se aproximar das siglas governistas. Seu perfil não é de articulador. Prova disso são os conflitos que existiam no PSB”, diz. 

Louremberg acredita, entretanto, que as eleições do próximo ano para Câmara Federal devem ser mais “fáceis” do que para a Assembleia Legislativa. Acontece que ao menos quatro deputados federais não devem encarar a disputa novamente. 

GOVERNISTA – Apesar de rechaçado, segundo Louremberg, Valtenir tem um perfil governista, conforme avaliação do próprio analista. 

Ele aponta como evidência o fato de o PSB sempre ter feito oposição sistemática ao governo do Estado enquanto o deputado nunca fez críticas a Silval Barbosa (PMBD), nem mesmo para defender a eleição de Mauro Mendes (PSB) em 2010 e 2012. 

No cenário nacional, a postura se repete. O cientista político aponta, sobre este aspecto, o fato de ele ter deixado o PSB quando o presidente Nacional da legenda, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, resolveu se lançar candidato à Presidência da República, deixando a base de sustentação da presidente Dilma. 

Na época, Valtenir negou que estivesse deixando o partido para se manter ao lado da petista. Disse que o motivo eram divergências internas. 





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