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Policia MT
Terça - 12 de Novembro de 2013 às 19:58
Por: Carolina Holland

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O grupo investigado pela Polícia Federal em Mato Grosso por suspeita de lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro, e que teria movimentado mais de R$ 500 milhões em seis anos, pode ter atuado em outros estados. A informação é do superintendente da PF no estado Elzio Vicente da Silva. Nesta terça-feira (12) foi deflagrada a operação Ararath, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, região metropolitana da capital, e Nova Mutum.



“O foco [da investigação] é em Mato Grosso. Mas, como estamos numa fase de ampliar as investigações e as buscas, é temeroso afirmar que [as ações do grupo] se restringem apenas a Mato Grosso”, declarou Silva. O caso corre em segredo de Justiça.


 
As investigações iniciaram em 2011, para apurar a ocorrência de crimes contra o sistema financeiro. Os investigados usavam factorings como fachadas para fazer empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. A base do esquema era uma firma com sede em Várzea Grande que fechou as portas no ano passado.
“No caso da factoring, ela tem uma atuação muito específica: a captação de credito e assumir o risco.



Então, ela compra o crédito de outras empresas, assume esse risco e cobra a dívida. Esse é o procedimento normal. O que algumas factorings fazem é atuar na captação de recursos e empréstimo de dinheiro. Então, essa é uma atividade que o banco pode fazer.  Aí caracteriza o crime contra o sistema financeiro”, explicou o superintendente.


 
Durante as investigações foi identificada ainda a ocorrência de lavagem de dinheiro. “Ou seja, as atividades geram lucro oriundo dessa prática criminosa e a pessoa trabalha para ocultar esses valores que são obtidos”, disse Silva. A polícia ainda apura para onde foi o dinheiro movimentado pelo grupo. Nesta terça-feira foram apreendidos R$ 325 mil em duas casas de suspeitos de fazerem parte do esquema.


 
“Houve apreensão de quantia pequena, quando comparada com o montante movimentado. Existe notícia, sim, do caminho de parte do dinheiro, mas ainda está sob segredo de justiça”, declarou Silva. Os recursos eram movimentados nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre elas uma rede de posto de combustíveis da capital.


 
O superintendente disse ainda quenão é possível informar o número de investigados na operação. “Há várias pessoas suspeitas, mas não podemos divulgar neste momento porque não foram sequer indiciadas. E a divulgação poderia vir a prejudicar a investigação”. Os trabalhos da PF agora serão focados na coleta de provas dos crimes.




Fonte: Do G1 MT

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