Quase 154 mil hectares da área cultivada com algodão nesta safra 2011/12 foram colhidos em Mato Grosso até a última semana. O número representa 21,3% de 722.568 hectares cultivados neste ciclo. A retirada da pluma das lavouras ganhou ritmo e deu um salto nas últimas semanas, resultado da colaboração do tempo, confirma o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Até o dia 6 de julho a colheita cobria 13% da área matogrossense. "Era esperado esse avanço. O tempo ficou seco e os produtores aproveitaram para avançar na colheita", destaca Elisa Gomes, analista de mercado do Instituto. De acordo com o Imea, a região que mais colheu é a médio norte, onde o percentual chegou a 30,3% dos 135.716 hectares.
O segundo melhor desempenho localiza-se no norte do estado, onde foram 25% de 910 hectares, seguido pelo oeste com 23,3% de 184.275 hectares e o nordeste 23,1% de 4.576 hectares.
Nesta safra a previsão é que em Mato Grosso sejam colhidos 6,5% a mais em pluma na comparação com a temporada passada. De acordo com o Imea, a produção estadual deve somar 998.397 toneladas, superior a 937.361 toneladas registrados em 2010/11.
O estado, junto com a Bahia, figura no ranking dos principais Estados produtores da pluma no país e correspondem juntos a 81,5% da área plantada no Brasil. No país a safra deve fechar em 1,9 milhão de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Próxima safra USDA
Na última semana, relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA - sigla em Inglês) manteve o Brasil como terceiro maior exportador mundial de algodão na safra 2012/13. Previsão que o envio da pluma atinja 870 mil toneladas.
O país deve ficar atrás dos Estados Unidos, cujos embarques devem somar 2,6 milhões de toneladas e Austrália, em 980 mil toneladas.
O Departamento estima uma safra brasileira na ordem de 1,5 milhão de toneladas ou 6% do total a ser produzido no mundo. O USDA revisou para menos as projeções de estoque inicial (passou de 1,8 milhão de toneladas para 1,7 milhão de toneladas entre junho e julho) e também do final (1,55 milhão de toneladas para 1,51 milhão de toneladas).
As exportações brasileiras também sofreram reajuste. Entre um mês e outro decresceu de 892 mil toneladas para 870 mil toneladas. Mesmo com a variação, o país também deve dar suporte à demanda pela fibra. "O mundo está esperando o algodão brasileiro", lembra Elisa Gomes, analista de mercado do Imea.
Em âmbito mundial a produção sofreu reajuste neste mês frente a junho. O órgão reduziu e 25,1 milhões de toneladas para 24,7 milhões de toneladas a safra, respectivamente.
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