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Terça - 10 de Julho de 2012 às 15:38
Por: Izabela Andrade

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Câmara de Cuiabá
Câmara de Cuiabá

Além de não legislarem quase nada em favor do conjunto da sociedade, ser vereador se transformou em um bom negócio. Um grande negócio. Pelo menos é o que aponta a evolução patrimonial de  17 candidatos que disputam a reeleição na Câmara Municipal de Cuiabá. Em quatro anos, conforme divulgado a declaração de bens na Justiça Eleitoral, há parlamentares que enriqueceram até 1000% em relação ao pleito anterior. Lógico, a base de muita poupança, economia forçada...

Com um negócio assim, uma coisa é certa: ninguém quer abandonar o legislativo de Cuiabá.  As benesses são muitas e vão de uma “gorda” verba indenizatória ao famigerado “Kit Mordomia” -  tablets, telefone celular com acesso à internet e vários recursos tecnológicos -, isso, fora a projeção que a imagem de um parlamentar bem sucedido traz para os negócios.

Com aumento no número de vagas na Câmara, seis, a profissão “vereador” despertou interesse para eleição de outubro são 460 candidatos na disputa por 25 vagas.  Hoje, 99% dos vereadores vão à reeleição e alguns já somam três legislaturas - os famosos políticos de carteirinhas.

Os campeões no aumento patrimonial são: Marcos Fabrício e o presidente do legislativo Júlio Pinheiro que além de serem do mesmo partido, o PTB, elevaram seus bens em mais de meio milhão de uma legislatura para outra.

Fabrício em 2008 declarou ter R$ 75.447,05 saltando para R$ 681.330,76, aumento significativo de quase 1000%. Júlio Pinheiro, por sua vez, teve uma ascensão meteórica. Eleito como suplente na legislatura passada, informou à Justiça Eleitoral não ter nenhum patrimônio, porém, em 2012 acumula R$ 628.651,03 em veículos e imóveis - sendo um apartamento no valor de R$ 500 mil.

Já Chico 2000 (PR), Arnaldo Penha (PMDB) e Toninho de Souza (PSD), praticamente triplicaram seus respectivos “espólios”, juntos somam mais de R$ 1 milhão em investimentos. Deste total R$ 500 mil são do vereador republicano, R$ 400 mil do peemedebista - o qual é sócio majoritário de uma pequena empresa e os R$ 300 mil, restantes, foi atribuída à aquisição de um apartamento por parte do apresentador, Toninho de Souza.

Membros da coligação “Cuiabá pra você” os tucanos, Lueci Ramos, Paulo Borges e Antônio Fernandes em média enriqueceram pouco mais de R$ 100 mil. Nesta esteira também se enquadra o vereador Adevair Cabral (PDT). Domingos Sávio (PMDB) e Lúdio Cabral (PT) - este que concorre à prefeitura – em quatro anos de mandato somam juntos pouco mais de R$ 60 mil.  

Em contraponto, há os parlamentares que ficaram mais “pobres” e diminuíram seus patrimônios em mais de 50% como é o caso do apresentador Everton Pop e Edivá Alves, ambos do PSD. Pelo PTB, partido do prefeito Chico Galindo, Clovito Hungney representa a classe dos desafortunados.

Suplente de vereador, até a cassação de Ralf Leite, Totó Cesar (PTB) que fez campanha “franciscana” montado em uma bicicleta declarou ter R$ 40 mil investidos, isso após sua ascensão na Câmara. Outro que afirmou ter enriquecido após o pleito de 2008, foi o Professor Néviton ao somar R$ 135 mil em bens.

Pastor Washington (PRB) é o único que por dois mandatos não teve bem algum a declarar. Também é dele o menor percentual de previsão de gastos em campanha R$ 100 mil, já os demais vereadores com exceção de Lúdio Cabral, prevêem injetar entorno de R$ 600 mil, pela permanência na vaga.

Vale ressaltar que o levantamento feito pelo Portal de Notícias 24 Horas News, teve como base na declaração de bens dos candidatos junto ao Tribunal Superior Eleitoral, nos anos de 2008 e 2012.






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