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Politica MT
Quarta - 27 de Junho de 2012 às 13:06

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Há 15 dias, a empreiteira que fazia a obra de pavimentação da MT-343, no Oeste de Mato Grosso,  rescindiu o contrato com o Governo e retirou as máquinas. O canteiro de obras está abandonado, e a estrada está com vários pontos de tráfego difícil, além de pontes quebradas. Quadro típico de um Estado que padece com a falta de infraestrutura. Essa situação, no entanto, promete uma resposta a altura: produtores rurais anunciaram que vão “acampar” na sede da Secretaria de Infraestrutura e também na Assembléia Legislativa, no Centro Político Administrativo.
 
A decisão foi tomada segunda-feira, 25, após a classe se reunir com a engenheira da Sinfra, Air Montechi. No encontro, que teve a presença maciça de ruralistas da região de Vila Aparecida, distrito de Cáceres, Air reconheceu o problema e disse que levou 4 horas e meia para percorrer o trecho, de 160 quilômetros. Quando a estrada está boa, o percurso é feito em uma hora e meia.
 
No encontro, a engenheira   isentou o Governo da culpa da interrupção da obra. A empreiteira parou dizendo que estava levando prejuízo e que faltou o repasse de recursos. Ela disse que o Governo não deve um único centavo à empreiteira, referente a obra da 343. "Eles tem a receber de uma obra em outra região do Estado. Uma empreiteira que tem várias obras tem que ter condições próprias de execução de serviços. Atualmente todas estão trabalhando com margem pequena de lucro".
 
Segundo ela, está sendo feita a medição rescisória e a segunda colocada na licitação será chamada para concluir o trecho licitado. A rodovia de 160 quilômetros teve 39 quilômetros licitados e apenas 14 foram devidamente asfaltados. Detalhe: em um período de quatro anos.
 
Explicando o trabalho da Sinfra na região, a engenheira Air disse que é fiscal da obra da 343 e que tem tentado obras de manutenção na mesma. "Trabalho com uma única patrulha mecânica e atendo a 14 municípios. Já levei a demanda ao Governo, em reunião que tivemos, todos os engenheiros, com o governador” - disse.
 
Ela informou que nos municípios de Barra do Bugres e Porto Estrela, com parceria com as prefeituras, estão sendo realizadas obras de reparação para dar condições de tráfego aos usuários, como patrolamento e encascalhamento. “No município de Cáceres, a parceria nunca é firmada. A ajuda só vem dos próprio produtores, e de poucos” - acentuou. Agora mesmo está acontecendo uma parceria em Porto Esperidião e a Prefeitura de lá chegou a recuperar um trecho que pertence a Cáceres. Já fiz de tudo, mesmo oferecendo o óleo e pedindo o apoio de apenas uma patrol, não fui atendida aqui. Talvez seja porque santo de casa não faz milagre” - disse, concluindo que falta liderança".
 
A representante da Sinfra contestou os agropecuaristas sobre o peso político na decisão de asfaltar entre  Araputanga a Reserva do Cabaçal. É certo que lá dois deputados são da região, mas segundo ela, esta também é uma demanda antiga e está sendo feita por trechos. "Eu acredito que receberemos mais maquinário em poucos dias e aí, pelo menos obras de manutenção nos municípios da região serão feitas com maior agilidade".
 
Para os ruralistas, discurso não resolve. Eles afirmaram entender as dificuldades da engenheira, mas afirmaram também que logo começam as chuvas e com ela, os atoleiros, as pontes quebradas, tornando a estrada intrafegável e comprometendo o escoamento da produção e o transporte escolar.
 
Apesar das explicações, os ruralistas não se convenceram. Walmir Nicole, que preside o movimento "MT 343,Asfalto Já", informou que não gostaria que as coisas chegassem a este ponto, mas que irão em comitiva até a Sinfra e até a Assembléia Legislativa, e só voltarão  com uma solução. Os proprietários rurais começaram, ao final do encontro, a  organizar a ida a Cuiabá, que deve acontecer nos próximos dias.






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