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Sexta - 08 de Novembro de 2013 às 21:27

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Em visita ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (8) para participar da inauguração de uma nova plataforma de petróleo em Rio Grande, a presidente Dilma Rousseff criticou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de paralisar sete obras pagas com recursos federais, entre elas a implantação de pavimentação da BR-448, a Rodovia do Parque, na Região Metropolitana de Porto Alegre.


 
"É absurdo paralisar uma obra. É algo extremamente perigoso. Depois ninguém repara o custo. Para e ninguém ressarce o que foi perdido. Mas vai ficar pronta e vamos inaugurá-la", declarou em entrevista a rádios locais. Ao G1, a assessoria de imprensa do TCU informou que o órgão não vai comentar as declarações da presidente.


 
Dilma também avisou que pretende participar da cerimônia de inauguração da BR-448. "Eu não perco a inauguração por nada. É um resgate da segurança. Encerrou uma polêmica e é emblemática para qualquer governo", disse Dilma, descartando que o anúncio da presença em mais um evento no Rio Grande do Sul não configura ação de campanha para reeleição.


 
"É porque eu participei do processo dela. É uma rodovia que vai de fato garantir que não tenha trânsito pesado na região. É emblemática para meu governo, para qualquer governo que sabe o que cada cidade precisa, não tem nada a ver com eleição", salientou.


 
A rodovia une Sapucaia do Sul a Porto Alegre, a oeste da BR-116. A obra tem o objetivo de desafogar o trânsito desta nos horários de pico na Região Metropolitana. Por passar atrás do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, recebe o nome de Rodovia do Parque.


 
Apesar de ser construída com a ajuda de recursos federais, a rodovia é administrada pelo estado, e não pelo governo. Por isso, a presidente descartou a federalização. A construção já dura três anos, e a conclusão é esperada para o fim do ano.


 
“Não há previsão de governo federalizar via urbana. Não tem como o governo assumir para si as obras do entorno do estádio do Grêmio, é da prefeitura e tem que ser resolvida como tal”, afirmou, sobre as obras do entorno da Arena.


 
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou relatório que recomenda ao Congresso a paralisação de 7 obras executadas com recursos do governo federal nessa quarta-feira (6) devido a irregularidades graves encontradas durante fiscalização.


 
As informações constam do Fiscobras de 2013, relatório que consolida as fiscalizações realizadas por técnicos do tribunal nas principais obras públicas por determinação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O TCU apenas faz as recomendações. Cabe ao Congresso acatá-las ou não.


 
Foram feitas pelo menos 136 fiscalizações e, de acordo com o tribunal, elas resultaram em uma economia que já soma R$ 484 milhões em recursos públicos, mas que pode chegar a R$ 1,2 bilhão.
Projetos para o Sul do estado


 
A presidente ainda falou sobre o estudo que definirá os projetos que serão elaborados para a travessia a seco entre São José do Norte e Rio Grande, na Região Sul do estado, a presidente diz que se trata de uma obra fundamental. Segundo ela, o estudo vai dar um valor aproximado e uma avaliação sobre qual a melhor solução: ponte ou túnel.


 
"Eu pessoalmente acredito, um chute, que está mais para ponte do que para túnel, mas não se sabe", aposta Dilma.


 
O superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, acompanhou a entrevista pelas rádios locais. "Seria possível a construção de uma ponte móvel ligando Rio grande à Ilha do Terrapleno e depois a São José do Norte. Acho certa a posição dela de fazer um estudo", disse ao G1.


 
Inauguração em Rio Grande
Após as entrevistas, Dilma seguiu para visita no estaleiro Quip onde, ainda pela manhã, inaugura a P-58, que vai explorar petróleo no Campo de Baleia Azul, no estado do Espírito Santo. A estrutura tem 330 metros de comprimento, 63 metros de altura e 56 metros de largura. O início da viagem está previsto para a próxima semana.


 
A plataforma é a quarta construída no Porto de Rio Grande. A previsão é de que ela produza 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. Dilma deve permanecer em Rio Grande até o começo da tarde, segundo sua agenda oficial, e depois retorna para Porto Alegre. Ainda não está definida a volta para Brasília.




Fonte: RBS TV

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