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Terça - 12 de Junho de 2012 às 17:43

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Promotor João Gadelha, para quem o crime foi cometido por um motivo banal
Promotor João Gadelha, para quem o crime foi cometido por um motivo banal

O mecânico Elidemar dos Santos, de Melo, de 35 anos,foi sentenciado a 21 anos de prisão pelo assassinato da esposa Isis NaiaraFraga Campos, de 25. Ela foi morta com golpes de um banco na cabeça, no dia 15 de janeiro de 2011, no bairro Renascer, em Cuiabá.

O julgamento ocorreu na segunda-feira (11) à tarde pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá. Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima.

Após arrebentar a cabeça da esposa na frente da filha de um ano e oito meses, ele foi até a casa da mãe, tomou café e foi trabalhar. Horas depois, foi informado de que a esposa estava ferida em estado grave e morreu no Pronto Socorro de Cuiabá. Ele alegou que a casa tinha sido invadida por ladrões.

Coube à delegada Anaíde Barros, da DHPP, descobrir o mistério. Em conversa com vizinhos, ficou sabendo da discussão do casal no horário do crime. A delegada, então, o prendeu em flagrante.

Segundo o promotor criminal João Augusto Gadelha, o casal teve uma discussão banal por causa de religião – os dois eram evangélicos. Ele reclamou que a esposa havia cortado o cabelo e suspeitava que ela o traía.

Casados há três anos, tinham dois filhos, sendo que a mulher ainda estava de resguardo do caçula – havia dado à luz 45 dias antes. Após acertar a cabeça da esposa com um pedaço de banco, o mecânico saiu para trabalhar, deixando a porta aberta. A filha, então, saiu com a roupa manchada de sangue, chamando a atenção de vizinhos.

Em seguida, a criança foi entregue à avó paterna, irce dos Santos Melo, que foi a primeira pessoa a entrar na residência, ocasião em que se deparou com a vítima com um banco de madeira sobre o pescoço e o filho Mateus chorando em cima da cama, com respingos de sangue da mãe.

A mulher mandou chamar o filho no trabalho que chegou em casa e levou ae sposa ao Pronto-Socorro, onde ela morreu uma hora depois, de traumatismo craniano.

“Autores de crimes de violência doméstica acham que isso é normal. São pessoas que não possuem perfil criminoso. Agem no calor da discussão. Em seguida, voltam a ter um comportamento normal, como se nada tivesse ocorrido”, destacou Gadelha

Desde que foi preso e durante o julgamento, o mecânico negou que tivesse praticado o crime. Sua alegação é de que a esposa foi vítima de assalto.

O promotor lembrou que a vítima deixou várias cartas dizendo que o marido era violento. Tanto, que se comunicava com ele através de cartas.

Numa das cartas deixada para familiares, relatava que havia cumprido amissão, pois, após a morte, ela se transformaria numa flor com pétalas barnca e gotas de sangue.

“Mesmo depois de morta, continuarei te amando, Elidemar”, dizia um trecho.

Como a lei prevê o cumprimento de dois quintos da pena, ele terá queficar preso em regime fechado por mais de oito anos.






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