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Quinta - 07 de Junho de 2012 às 22:56
Por: Luis Acosta

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Há 22 dias do prazo para realização das convenções municipais que definirão os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador, os partidos ainda estão batendo cabeça, principalmente os que defendem um projeto de candidatura própria para compor suas chapas. A bagunça está se generalizando, pois, até o PR, que aparentemente já havia batido o martelo em torno do nome do ex-secretário da Secretaria Especial da Logística Intermodal de Transportes, vereador Francisco Vuolo, foi surpreendido com a decisão de desincompatibilização do secretário de Turismo do Estado, deputado João Malheiros e o retorno de Eder Moraes, ambos anunciando que pretendem entrar na disputa, causando um racha eminente no partido.
 
Durante o feriado de Corpus Christi, ontem, a movimentação nos bastidores políticos foi bastante grande e as conversas em torno dos motivos que levaram Malheiros e Eder a arranjar um grande problema para o PR foram variadas. Uns diziam que Malheiros sabe que não tem condições de encabeçar uma chapa majoritária porque tem poder limitado de votos. Outros afirmaram que o deputado licenciado estaria a serviço de Mauro Mendes, provável candidato a prefeito do PSB,que o teria seduzido com a oferta da vaga de vice, além de algumas “benesses” pecuniárias.
 
Já com relação a Eder de Moraes, as avaliações são de que ele não consegue viver longe de situações polêmicas para atrair os holofotes da imprensa e está jogando um balão de ensaio para causar incômodo na base governista por conta da forma como se deu seu afastamento da Secopa. Tudo isso acabou desabando na cabeça de Vuolo que foi pego de calças curtas e até agora não conseguiu uma explicação plausível para a provável “puxada de tapete” que estão preparando para ele.
 
Reafirmando tudo o que disse quando decidiu assumir a candidatura a prefeito, Vuolo disse que se não for para desenvolver seu projeto político, estas eleições não lhe cabem, uma vez que ele não pretende disputar na condição de vice de ninguém. “Não fui convidado, não quero ser convidado e não vou ser vice de ninguém”, avisa o vereador que foi pego de calças curtas com a inesperada aparição dos dois “amigos” e correligionários.
 
Tentando por “água fria” na fervura, o presidente regional da sigla, deputado federal Wellington Fagundes disse que João Malheiros  não deixou o cargo de secretário de governo para ser vice de Mauro Mendes (PSB), porém, não explicou as razões que tiraram o deputado do primeiro escalão do governo Silval Barbosa, já que não é segredo para ninguém o apego que João Malheiros tem a cargos públicos.
 
Outro que está  mais perdido que cachorro que cai de mudança é o DEM que até agora não sabe o que vai ser ou o que vai fazer nestas eleições. Em princípio, o partido teria dois eventuais nomes para assumir a candidatura própria a prefeito: o Ex-prefeito Roberto França, sua mulher, Iraci França, que se filiaram exatamente de olho nessa possibilidade. Porém, as pesquisas encomendadas pela direção da sigla mostram que a rejeição de França é muito grande e que ele, dependendo de quem viesse como vice na sua chapa, conseguiria em torno de 25% dos votos válidos, o que, convenhamos é um exagero em se tratando de um ex-prefeito que deixou cinco folhas de salários em atraso quando saiu. Mas, não se pode negar que França tem sim uma fatia do eleitorado cuiabano que lhe é fiel e que ele é a garantia de divisão de votos para levar a decisão da eleição para o segundo turno.
 
Enquanto isso, partidos como o PTB, PDT, PT e PPS, que também possuem boa representatividade, estão de braços cruzados, esperando para ver o que vai ser definido nessa briga de cachorro grande para então decidir que rumo tomar. Dos quatro, apenas o PT acena com a candidatura do vereador Lúdio Cabral, PTB, que ficou “órfão” com a desistência do prefeito Chico Galindo de disputar a reeleição. O PDT tem como provável candidato o medido Kamil Fares, de pouca expressão política e o PPS prefere nem apontar um nome.
 
Correndo por fora e sem entrar no mérito dessa situação, está o PSD, liderado pelo astuto deputado José Riva, que emplacou o ex-dirigente da Secopa, Carlos Brito de Lima, que já foi vereador, prefeito interino  e deputado estadual e que deve ocupar a vacância criada com a saída de Galindo do páreo, Brito é hoje o homem de confiança do prefeito e, por isso, pode ganhar o apoio do PTB à sua candidatura.
 
Esse panorama, no entanto, tem que mudar rapidamente, pois, a partir do dia 10, domingo, começa a contagem regressiva para definição do quadro político eleitoral no Brasil.






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