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Terça - 05 de Junho de 2012 às 21:42

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O senador Jayme Campos (DEM-MT), líder da Minoria, criticou nesta terça-feira os índices econômicos do Brasil e as metas de crescimento do governo federal. “Nosso país vem patinando; o governo vem colocando a culpa mais e mais na crise internacional e a cada movimento frustrado inventa um número novo para projetar, na vã tentativa de encobrir o pífio desempenho de nossa economia”, destacou Jayme.

O líder da Minoria apresentou dados do IBGE que revelam que a economia brasileira avançou apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano. “Isto está abaixo da mediocridade. Até as previsões mais sombrias variavam de 0,3% a 0,7%”, criticou o parlamentar.

Segundo Jayme, as leituras dos veículos especializados neste tipo de análise afirmam ser o pior desempenho do mundo fora da Europa. “Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o Brasil foi o mais fraco dos Brics. A alta do PIB de 0,8% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2011 ficou atrás da China (8,1%), Índia (5,3%), Rússia (4,9%) e África do Sul (2,1%)”, disse que parlamentar que lembrou também que “este é quinto trimestre seguido de expansão econômica inferior a 1% e de que isto não ocorria desde a década de 1990”.

Investimento – Jayme Campos lamentou que a taxa de investimento tenha caído de 19,5% para 18,7%, já que a meta anunciada pelo governo, segundo disse, era de chegar a 25% “para que não ficássemos tão reféns das importações”. Citando reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, o senador disse que “o PIB agropecuário do primeiro trimestre deste ano caiu 8,5% em relação a igual período de 2011 e desacelerou 7,3% em comparação ao quarto trimestre de 2011”.

Pela análise do parlamentar, foi o maior recuo em 15 anos. “Segundo os dados do BNDES, o país deve ter R$ 579 bilhões em investimentos em oito setores industriais entre 2012 e 2015 - valor 6% menor que os R$ 614 bilhões estimados no ano passado para o período 2011-2014. A queda será de R$ 35 bilhões”.

Para Jayme Campos, não se pode apelar para um crescimento baseado em políticas para aquecer a economia e estimular o consumo. “Estamos com nossa população altamente endividada e não dá mais para expandir o crédito”, disse. Segundo o senador, o elevado nível de consumo aliado às carências estruturais de oferta industrial e meios inadequados de escoamento da produção tem levado “a uma sinuca que nem a redução das taxas de juros pode contornar”.

Em aparte, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) disse que o discurso de Jayme Campos faz uma “importante análise” do quadro de desaceleração da economia. “Há vários trimestres nossa economia vem perdendo impulso. E o discurso de Vossa Excelência toca num ponto crucial que é a queda na taxa de investimento. Evidente que quanto menos se investe, menos crescemos”, disse Monteiro.

Colapso – Ao final do discurso, Jayme Campos cobrou da presidente Dilma Rousseff sua “propalada” capacidade de gestão. “Mesmo esquecendo as patológicas promessas não cumpridas de campanha, chegou a hora da verdade: a hora de realmente apostarmos na tão propalada capacidade de gestão de nossa Presidente da República”. O senador pediu aos eleitores brasileiros olhos atentos na situação econômica pela qual passa o país e que despertem para o óbvio: “para uma solução que tire a economia do Brasil desta inconsequente rota rumo a um colapso ainda maior”.






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