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Sábado - 04 de Janeiro de 2014 às 16:54

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Partidos políticos blefam ao lançar nomes para a disputa eleitoral majoritária deste ano. O objetivo real das legendas seria despontar nas pesquisas de intenção de voto e, assim, ter “moeda” para negociar futuras alianças. 

Esta é a análise do cientista político João Edison de Souza, que afirma que todos os pré-candidatos que vêm sendo colocados até o momento não passam de “balão de ensaio”. Para ele, os nomes que devem disputar a eleição só começarão a ser definidos após o Carnaval. 

“Não existe pré-candidato nem nomes para o governo ainda. Os partidos estão jogando, lançando nomes para apontar alguma coisa na pesquisa e ter algo para negociar depois, se não despontar. Até agora, esses nomes que estão surgindo são balões de ensaio”, garante. 

Ao menos quatro legendas já apontaram nomes para a disputa pela sucessão ao governador Silval Barbosa (PMDB) à frente do Palácio Paiaguás. O primeiro a se declarar pré-candidato foi o senador Pedro Taques (PDT). 

O pedetista, aliás, é considerado por muitos com o candidato mais adiantado na corrida eleitoral. Já vem trabalhando seu projeto junto a outras legendas, tendo um grupo praticamente consolidado, e deve começar a discutir a formação de sua chapa a partir do próximo mês. 

Pouco tempo depois, o Partido da República (PR) lançou o ex-prefeito de Água Boa, Maurício Tonhá, o Maurição, como uma possibilidade ao cargo de governador. O republicano surgiu depois que o senador Blairo Maggi afirmou que não disputará o pleito deste ano. 

Agora o suplente de Maggi, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, também estaria trabalhando uma possível candidatura majoritária pelo partido. 

Além destes, o PP e o PT não escondem as pretensões de participar da disputa com Eraí Maggi e Lúdio Cabral, respectivamente. “Eles só estão jogando para ver o que dá”, analisa, no entanto, João Edison. 

Para o cientista político, a maioria dos partidos ainda tem a esperança de Maggi mudar de ideia sobre disputar o governo. “Todo mundo está aguardando e dependendo disso. Se ele realmente for candidato, vai quase todo mundo para o lado dele. Se não for, aí sim vão começar aparecer os nomes. O próprio Pedro Taques, que não esconde sua vontade de ser governador, está dependendo disso”, diz. 

Além de afirmar não disputar a eleição de 2014, o senador republicano afirma estar decidido a deixar a vida pública assim que encerrar o seu mandato. Entre os motivos, segundo ele, está a condenação dos réus do processo do Mensalão com base na “teoria do domínio do fato”. 

Para Maggi, desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), “a atividade política se transformou em algo de altíssimo risco, principalmente no Executivo, onde, teoricamente, você precisa saber de tudo, mas normalmente não sabe”. 

Apesar de conhecer as pretensões de Maggi, o PR, todavia, ainda insiste em uma candidatura. O motivo seria uma pesquisa interna que apontou o senador como favorito para a disputa ao Paiaguás. 

No cenário político atual, Maggi seria o único com chances reais de vencer Taques, que apareceu muito à frente de todos os outros possíveis candidatos. (KA) 





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