Governador faz de entrega de ônibus escolares e distribui abraços, em teste pré-eleitoral com prefeitos

 

Silval é pré-candidato ao Senado, mas ainda estuda se realmente será candidato devido ao desgaste sofrido pelos problemas crônicos da Saúde estadual, os atrasos nas obras na Copa do Mundo e as poucas obras no interior de Mato Grosso. Com esse evento, que contou com a participação do Ministro interino da Educação, Henrique Paim, ele pôde testar sua popularidade com alguns dos seus principais prováveis cabos-eleitorais para as eleições de 2014: prefeitos e vereadores. 

 

Ao total, Silval Barbosa assinou um total de R$ 178 milhões em ordens de serviço de restaurações de escolas estaduais no interior do Estado. A cada vez que Silval assinava uma das ordens, o cerimonialista narrava com vibração “aaaassina governador”, sendo seguido por uma salva de palmas, acompanhada de gritos de comemoração dos prefeitos e suas respectivas comitivas.

 

Depois foi a vez da entrega das chaves dos ônibus. No total, 68 municípios foram beneficiados. Como ato simbólico, vários deles foram chamados para receber a chave das mãos do governador. Novamente a narração de cada entrega foi animada e sempre que um prefeito era chamado havia uma grande comemoração na plateia.

 

Terminados as entregas chegou a hora dos discursos. Um prefeito do interior, o deputado José Riva e o ministro Henrique Paim foram os primeiros e derramaram elogios ao governador Silval Barbosa pela insistência no programa. José Riva chegou a dizer que o governador era o responsável pelo surgimento do programa federal “Caminho da Escola”, pelo qual os ônibus foram adquiridos.

 

Quando Silval pegou o microfone, mais aplausos. Mais ainda quando ele falou que vai lançar um programa para bancar quatro meses de óleo diesel para os ônibus entregues. E os aplausos e gritos de comemoração ressoaram quando o governador anunciou ainda que, ao invés da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social doar cestas básicas aos municípios no Natal, será dado dinheiro, via convênio, para os prefeitos comprarem onde for mais barato na própria região da cidade. 

 

Ao descer do disposto, o governador passou a ser perseguido pelos prefeitos para poses e fotos como um artista é procurado pelos fãs. Alguns prefeitos já o chamavam de “meu senador”. Contudo, ao ser questionado se seria ou não candidato, apenas despistava. “Não é hora de falar sobre isso", deconversou Barbosa.