Vamos respeitar a vontade de Mendes, mas não significa que vamos segui-la, adverte Taques

O quadro de indefinição no Movimento Mato Grosso Muito Mais se mantém nos principais partidos integrantes do bloco (PDT, PPS, PSB e PV), e seus líderes, já não escondem a inquietação diante a indecisão do empresário Mauro Mendes (PSB) em se colocar na condição de candidato a prefeito.

Nas entrelinhas, uma avaliação feita do senador Pedro Taques (PD) sintetiza o cenário atual: “Temos que respeitar a vontade pessoal de Mauro Mendes, mas isso não significa que vamos segui-la”.

A frase do senador pedetista traduz o quão frágil politicamente está o movimento, numa situação que também mostra o quanto o processo sucessório também segue sem rumo.

“O movimento [Mato Grosso Muito Mais] foi importante num momento em que não havia opção para o eleitor. E continuo pensando da mesma forma, mas é preciso reavalia”, declarou Taques em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

A despeito da preocupação do congressista, o processo de indefinição não esta restrito apenas ao bloco que ajudou a elegê-lo ao Senado em 2010. O atual prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), segue sem admitir a possibilidade de disputar o Alencastro, ao mesmo tempo em que seus correligionários, como presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Júlio Pinheiro, dizem que ele deve estar na disputa.

O PR já confirmou oficialmente a intenção em ter candidatura própria e o nome do secretário de Estado Francisco Vuolo é um consenso na legenda. no entanto, nos bastidores, alguns líderes republicanos acreditam que talvez seja melhor uma coligação com o PMDB, na qual, Vuolo possivelmente não encabeçaria a chapa.

O empresário Dorileo Leal já se filiou ao PMDB com o intuito de disputar a eleição municipal na capital, mas há sinais de titubeação. O PT já definiu que terá candidatura própria para prefeito e o vereador Lúdio Cabral é o que conta com mais apoio, no entanto, há uma disputa interna com Jairo Rocha.