Após embate na Câmara, Mendes diz que trabalho dos parlamentares é de fiscalizar e não de disputas internas

Politica MT

Segunda - 04 de Novembro de 2013 às 09:26
Por: Marianna Marimon

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Mauro Mendes

Em agosto foi deflagrada a crise na Câmara de Cuiabá e apenas no fim de outubro foi selada a paz entre oposição e base governista na Casa de Leis. Sem aparecer neste processo, mas tendo peso principal na disputa pelo poder, o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), afirma que vê com “bons olhos” a acordo de paz selado entre os parlamentares, cujo papel é de fiscalizar e não de realizar embates internos.

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Para Mendes, os vereadores possuem o papel de fiscalizar as ações do Executivo. “Vejo com bons olhos este acordo de paz na Câmara, até porque o papel dos parlamentares é de fiscalização, e não de instaurar uma disputa interna dentro da Casa”, afirmou.

No dia 29 de agosto, 16 parlamentares da base pediram o afastamento do presidente João Emanuel (PSD), em uma sessão às escuras, que foi anulada após judicialização do processo. Os embates envolveram a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), como a que deve mudar o Regimento Interno da Casa, para descentralizar os poderes da Mesa Diretora na figura do presidente.

Para firmar este acordo de paz no último dia 24 de outubro, os vereadores da base acordaram com a oposição, principalmente sob a figura de João Emanuel, de que não irão mais pedir seu afastamento, caso haja transparência nas ações da Casa. Com isto, a disputa interna por poder, parece ter acabado.

Nesta disputa interna, a figura de Mendes não sofreu tanto quanto a de João Emanuel. Nos bastidores, as informações dão conta que a disputa começou com boatos de que o presidente tentaria uma manobra para afastar o prefeito e assumir o comando do Palácio Alencastro, para conseguir aprovar os recursos a mais para a Câmara. Com isto, Mendes articulou com a base, uma manobra para afastar Emanuel e investigar seus atos à frente da Mesa Diretora.

João Emanuel saiu desgastado, já que os parlamentares da base reiteradas vezes afirmaram que as decisões tomadas não saíam do Alencastro, apesar de estarem assessorados juridicamente por Antonio Rosa, advogado de campanha de Mendes.

Sem conseguir aumentar os recursos, Emanuel deve focar suas forças em equilibrar as contas da Casa, não restando mais armas para travar uma batalha silenciosa entre os parlamentares.

Fonte: Olhar Direto