O agente da PF, que dirigia um carro Fox, relatou que buzinou ao ver a caminhonete S-10, conduzida pelo papiloscopista, "furar" o sinal vermelho no cruzamento entre as avenidas Mato Grosso e do CPA. Na altura de uma clínica, o papiloscopista teria reduzido a velocidade e passou a perseguir, buzinando e sinalizando com luzes, o veículo do policial federal.
Depois desta discussão no trânsito, policial disse que resolveu estacionar o seu carro em frente a sede da Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso. Em seguida, Walter Piovam desceu do carro com a arma de uso funcional apontada para baixo para fazer um abordagem “padrão”. Contudo, segue o relato, ele teria sido "recebido com um tiro” ao se apresentar como agente da PF.
Papiloscopista ficou ferido pelos estilhaços de vidro.
(Foto: Reprodução /TVCA)
Na sequência, começou uma troca de tiros entre os dois. Segundo o balanço da perícia da PF, foram disparados sete tiros da pistola do policial e seis do revólver do papiloscopista, totalizando 13 disparos no tiroteio. Ao final, o papiloscopista ficou ferido por causa dos estilhaços do vidro da caminhonete. Já o policial federal envolvido na discussão foi recolhido, sem ferimentos, por outros agentes no próprio prédio da PF, que fica ao lado do local dos disparos.
Os dois policiais foram conduzidos para a central de flagrantes do bairro Planalto e autuados por disparo de arma de fogo em via pública. Ambos pagaram fiança de R$622 e foram liberados pelo delegado da Polícia Civil, Richard Damasceno. Ainda conforme a polícia, os dois devem responder a um inquérito policial e ainda a um procedimento administrativo nas corregedorias das Polícia Civil e Federal. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) também informou que o papiloscopista não possuía porte de arma.
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