Deputados estaduais defendem que os secretários coloquem cargos à diposição para Silval "ficar à vontade"

Todos os secretários de Estado precisam ter desprendimento, neste momento difícil, e entregar seus cargos para que o governador Silval Barbosa possa ficar à vontade e promover uma reforma administrativa ampla e com apoio de seus aliados políticos.

A avaliação foi feita por pelo três deputado estaduais ouvidos pelo Olhar Direto, nas últimas 48 horas. No ponto de vista dos parlamentares, o momento político é fulcral porque a administração estadual precisa de uma reavaliação em caráter de emergência.

"Muitos secretários não cumpriram suas obrigações, literalmente, e precisam ter o desprendimento necessário para fazer uma autoanálise. Mas mesmo os que cumpriram seus objetivos, sejam eles orçamentários ou financeiros, também devem entregar seus cargos", afirmou um dos deputados.

A questão central é uma só: o governo do Estado passou muitas dificuldades em 2011, sobretudo financeiramente, e a hora é de reflexão, de reavaliar o que deu errado e os bons resultados para servirem de paradigmas.

"O PSD teve uma iniciativa que eu particularmente não concordo, mas também não podemos aceitar uma situação como essa é um déficit que pode estar acima de R$ 1 bilhão. É um quadro que me preocupa muito, assim como outros deputados. Essa semana será decisiva", ponderou um segundo parlamentar situacionista ouvido pelo Olhar.

Em verdade, a insatisfação política com a administração estadual como um todo, sem discriminar qualquer membro do primeiro escalão, é mais do que notória. Silval Barbosa teve dificuldades no primeiro ano de seu governo e uma reavaliação é mais do que necessária e urgente.

Para o Olhar, o governador tem afirmado informal e formalmente que, de fato, fará algumas modificações no primeiro escalão, mas "serão pontuais". "Vamos aguardar o que o PP pretende fazer e dialogar, mas em algumas situações pontuais, nós vamos mudar sim", afirmou Barbosa, no último sábado. 

Um dos deputados ressaltou que Silval precisa "dar um choque de gestão" agora sob pena de "experimentar nova onda de desgaste".

"2011 foi um ano muito ruim, mas 2012 pode ser pior se esta equipe for mantida. Algumas peças não funcionam. Tem secretário que não atende secretários, não atende prefeito e eu acho que não ouvem nem o governador. Tá tudo parado", enfatizou o terceiro parlamentar ouvido pela reportagem.